Covid-19: Unicamp prorroga pela terceira vez suspensão das aulas presenciais

A instituição levou em conta o agravamento da crise sanitária ocasionada pela pandemia de Covid-19, com o número de vítimas em crescimento constante

Pela terceira vez, a Unicamp prorrogou a suspensão das aulas presenciais das unidades de ensino e pesquisa, centros, núcleos e órgãos universitários. A medida anterior valia até 30 de maio. Com a nova resolução, o prazo vai até 30 de junho.

A instituição levou em conta o agravamento da crise sanitária ocasionada pela pandemia de Covid-19, com o número de vítimas em crescimento constante. A reitoria da universidade afirmou que a resolução pode ser revista a qualquer momento “conforme evolução da situação da pandemia”.

A Unicamp foi a primeira universidade pública do Brasil a suspender as aulas devido ao coronavírus. O anúncio foi feito em 13 de março com a parasalição de todas as atividades não essenciais.

Depois foram feitas duas prorrogações em prazos semelhantes aos estipulados pelo governo do Estado para a quarentena nos municípios paulistas como forma de combater a disseminação da Covid-19.

A instituição conta com 34,6 mil alunos e cursos de graduação e programas de pós nos campi localizados nos municípios de Campinas, Limeira e Piracicaba.

Retomada das atividades será gradual

No mês de maio, a Unicamp iniciou um projeto para a retomada das atividades presenciais nas unidades de ensino de forma gradual. Ele ainda está em fase preliminar, mas foi encaminhado para os diretores dos campi com o intuito de coletar informações específicas de suas unidades.

A proposta foi dividida em quatro fases dedicadas a serem tomadas durante a preparação para uma possível volta das atividades. Confira abaixo:

Fase 0 – preliminar:

  • Estabelecer medidas para garantir a devida higienização da comunidade.
  • Treinamento do pessoal da limpeza.
  • Uso obrigatório de máscaras em ambientes fechados.
  • Estoque de insumos necessários na área da saúde.
  • Realização de campanhas de doações para as unidades de saúde.
  • Restrição de trânsito e acesso às portarias.
  • Retomada de atividades administrativas na forma presencial.
  • Retorno progressivo da frota de ônibus até um máximo de 50%, respeitando ainda distanciamento mínimo de 1 metro dos passageiros no transporte.
  • Testagem intensiva de pessoas com sintomas para Covid-19.

Fase 1 – primeiras quatro semanas:

  • Retorno gradual de 20% dos trabalhadores nas unidades, preferencialmente sob rodízio. Retorno de 40% após as duas primeiras semanas.
  • Aumento proporcional do Restaurante Universitário.
  • Aumento proporcional do transporte, que não deve ter lotação superior a 50%.

Fase 2 – oito semanas seguintes:

  • Retorno gradual de 60% dos trabalhadores nas unidades, preferencialmente sob rodízio. Retorno de 80% após as duas primeiras semanas. Retorno de 100% após quatro semanas – inclui RU, transporte fretado e transporte no campus.
  • Retorno de 30% das crianças atendidas no CECI/DeDIC. Retorno de 60% após as duas primeiras semanas. Retorno de 100% após quatro semanas.
  • Retorno de 25% dos alunos de graduação e pós-graduação. Retorno de 50% após as duas primeiras semanas. Retorno de 100% após quatro semanas.
  • Mantido o distanciamento social – 1,5 metro.
  • 30-35% de ocupação máxima em salas de aula, laboratórios e anfiteatros.
  • Após quatro semanas, retorno dos trabalhadores com vulnerabilidades à Covid-19.

Sobre as atividades de graduação em si, outras medidas ainda são estabelecidas nesta fase:

  • Estimular atividades remotas até o fim do semestre.
  • Promover defesa remota do TCC.
  • Avaliar possibilidade de conclusão de estágios obrigatórios dos alunos.
  • Estabelecer em 50% as atividades presenciais necessárias em disciplinas práticas e laboratórios.
  • Estabelecer entre 25 e 50% as atividades presenciais para ingressantes.
  • Presença no campus para provas finais.

Fase 3 – retorno progressivo de atividades de extensão e eventos:

  • Manter os hábitos de higiene estabelecidos e orientações sobre uso de máscaras.
  • Expansão da testagem da comunidade acadêmica para diagnóstico precoce de casos residuais.
  • Abertura de espaços para eventos, retomada das atividades de extensão e permissão da mobilidade de professores alunos e visitantes.
  • Possível retomada de defesas presenciais de dissertações e teses.
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