Educação Infantil de BH deve cumprir 60% da carga horária para salvar ano letivo de 2020

Instituições deverão propor um cronograma de reposição de aulas após a liberação para o retorno das atividades pelo poder público

Para tentar salvar o ano letivo de 2020 na Educação Infantil, o Conselho Municipal de Educação de Belo Horizonte decidiu nesta semana a redução da carga horária das escolas de 800h para 480h, o que representa 60% do previsto. A decisão vale para as escolas municipais e para o ensino infantil da rede particular.

Também foi decidido que essas instituições deverão propor um cronograma de reposição de aulas após a liberação para o retorno das atividades pelo poder público.

O Conselho alertou às escolas de que as atividades virtuais não devem compor a carga horária da educação infantil, já que não é previsto pela legislação. Porém, a reunião discutiu a importância de manter o vínculo entre a criança e a escola, ofertando atividades que possam incluir exercícios lúdicos e contação de histórias.

Escolas fecham as portas

Na semana passada, o Portal Notícias Concursos divulgou que o efeito da pandemia de Covid-19 causou o fechamento de pelo menos nove escolas particulares de educação infantil em Belo Horizonte. Com a crise econômica e a renda familiar em queda, pais e responsáveis tiveram que cancelar os contratos nas redes, que, por sua vez, não conseguem arcar com os custos para manutenção.

A Secretaria Municipal de Educação de BH informou que estão registradas no Sistema Municipal de Ensino Privado da cidade, 650 escolas particulares da educação infantil. E, de acordo com o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep/MG), a média de cancelamento de contratos no estado está entre 30% e 40%. Além disso, as escolas têm registrado uma alta taxa de inadimplência, dificultando a manutenção dos custos mensais relativos à locação de imóvel e com funcionários, por exemplo.

Em um grupo formado por 35 escolas particulares de educação infantil, em que estão 1.300 alunos e cerca de 40 funcionários, a queda na receita é em torno de 50%. Segundo reportagem do G1 de Minas Gerais, os proprietários das unidades estão lutando para conseguir voltar com segurança e saúde os negócios, participando, por exemplo, da organização do protocolo para a retomada das aulas.

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