Governo defende que aposentados fiquem dois anos sem aumento

Equipe econômica do governo defende que benefícios previdenciários sejam desvinculados do salário mínimo

Waldery Rodrigues, secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia, afirmou nesta segunda-feira (14) que a equipe econômica do governo federal defende que benefícios previdenciários sejam desvinculados do salário mínimo brasileiro. Entre os benefícios previdenciários, estão a aposentadoria e pensão.

Ou seja, a equipe econômica defende que os benefícios sejam congelados e que não haja reajuste em seus valores. Em teoria, o congelamento serviria para abrir espaço no Orçamento para que o Renda Brasil seja financiado.

O governo procura formas de lançar o novo programa, que substituirá o Bolsa Família. De acordo com Waldery Rodrigues, tanto aposentadorias no valor de um salário mínimo quanto as mais altas ficariam congeladas durante dois anos.

“A desindexação que apoiamos diretamente é a dos benefícios previdenciários para quem ganha um salário mínimo e acima de um salário mínimo, não havendo uma regra simples e direta [de correção]. O benefício hoje sendo de R$ 1.300, no ano que vem, ao invés de ser corrigido pelo INPC, ele seria mantido em R$ 1.300. Não haveria redução, haveria manutenção”, disse o secretário do governo em entrevista ao G1.

Segundo Rodrigues, a ideia está em debate nos ministérios da Cidadania e da Casa Civil. Mas o governo ainda não decidiu sobre o tema. Atualmente, aposentadorias e pensões têm seus valores reajustados de acordo com o salário mínimo, ou seja, uma vez por ano.

A Constituição obriga que o salário mínimo seja reajustado anualmente pelo menos pela inflação. Por isso, os benefícios também devem ser reajustados pelo menos pela inflação. Se a proposta for levada adiante e seja aprovada, as aposentadorias ficariam congeladas no valor atual.

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