Economia brasileira poderia crescer 8%, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que a economia do Brasil poderia ter crescido 7% ou 8% neste ano, o dobro do que foi registrado 4%.

Ele, no entanto, não afirmou qual o cálculo para chegar neste percentual e jogou a culpa dos números para as medidas de isolamento social.

“Os informais foram duramente abatidos. E logo por esses políticos, que dizem tanto que estão preocupados com os mais pobres. O governo federal não fechou nenhum botequim”, declarou ele em uma cerimônia do Ministério do Turismo, realizada no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (10).

Na ocasião Bolsonaro também elogiou o ministro da economia, Paulo Gudes. “Gostaria de saber do Paulo Guedes o que ele fez para a economia, apesar do ‘feche tudo’. Destruíram empregos, levaram à miséria e à depressão milhões de pessoas”, defendeu.

Economia: inflação em alta

A economia do Brasil encontra um cenário de inflação em alta. Para se ter uma ideia, a inflação de maio foi a maior desde 1996, ou seja, nos últimos 25 anos.

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Auxílio da fome

Outro problema na economia para população mais carente foi o  novo valor do auxílio 2021.

O valor é insuficiente, de acordo com os cálculos do Dieese, para uma família com dois adultos e duas pessoas.

Com o auxílio, será possível comprar apenas com o dinheiro menos de meio bife por dia, menos de meio copo de leite, uma concha e meia de feijão e três colheres de arroz. Mais um tomate, meia batata e um pão e meio. E uma banana.

“Como facilmente se conclui dos dados, o novo auxílio não terá a menor condição de garantir segurança alimentar”, diz o Dieese. “Por isso, pode-se considerar que este auxílio é de fome”, completa.

O Dieese ainda alerta para uma questão histórica na economia que gerou a necessidade de um grupo específico.

“O grande número de pessoas que precisou desta proteção está diretamente ligado às escolhas econômicas e políticas dos últimos anos: baixo crescimento, forte desregularão dos direitos trabalhistas, redução dos serviços públicos e desestruturação do mercado de trabalho e de políticas de transferência de renda em nome de medidas neoliberais”, alerta.

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