Dinheiro esquecido: mais da metade do saldo ainda não foi resgatado

De acordo com a mais nova atualização do Banco Central, mais da metade do dinheiro esquecido não foi resgatado

Você se lembra do Sistema de Valores a Receber (SVR)? Trata-se de uma liberação do Banco Central (BC) do dinheiro que estava esquecido por brasileiros em instituições financeiras. Nesta quarta-feira (7), uma nova atualização do sistema apontou que mais da metade do saldo que foi liberado não foi recuperado e segue esquecido.

Estamos falando de nada menos do que R$ 7,07 bilhões esquecidos em bancos, cooperativas e outras instituições financeiras. O dinheiro, aliás, ainda pode ser resgatado. Quem ainda não pegou o seu, poderá solicitar o saque através do próprio site do Sistema de Valores a Receber (SVR).

Nesta última fase de liberação, mais de R$ 11 bilhões foram disponibilizados para a retirada. Contudo, apenas R$ 3,93 bilhões foram recuperados até aqui. Não há um prazo para a retirada do dinheiro. O Banco Central explica que o saldo não vai ser realocado para nenhum outro lugar, e seguirá disponível até que seja solicitado pelo seu dono.

O processo de resgate foi iniciado oficialmente no último mês de março. A projeção do BC indica que mais de 38 milhões de pessoas físicas tenham algum valor disponível em seus nomes. Além disso, cerca de 2 milhões de pessoas jurídicas também têm direito ao processo de retirada. Nos dois casos, o processo de consulta e solicitação de retirada ocorre através do mesmo sistema do SVR.

Números

Do total do dinheiro que já foi devolvido, estima-se que cerca de R$ 2,94 bilhões tenham ido para pessoas físicas. O restante foi entregue para as empresas. Os valores esquecidos variam muito a depender de cada situação. Há casos de cidadãos que encontram apenas alguns pouco reais, e há situações em que há mais de R$ 1 mil esperando pelo resgate.

A maior parte do dinheiro que não foi devolvido ainda está com bancos. De acordo com as informações do BC, mais de R$ 4,1 bilhões estão disponíveis para resgate nestas instituições. A lista reúne ainda outros locais. Veja abaixo:

  • consórcios (R$ 2,1 bilhões);
  • cooperativas (R$ 635,1 milhões);
  • financeiras (R$ 93,8 milhões);
  • instituições de pagamento (R$ 76,4 milhões).

Em números de cidadãos que ainda não foram resgatar os seus valores, os bancos também lideram. O BC estima que cerca de 26 milhões de brasileiros ainda não solicitaram o saldo, mesmo tendo o direito de pegar a quantia esquecida. Cerca de 8 milhões ainda têm dinheiro para resgatar nas administradoras de consórcios e outras 3,2 milhões em financeiras.

O dinheiro que já foi resgatado

Do outro lado da história, o Banco Central estima que a maior parte do dinheiro que já foi devolvido foi embolsado por pessoas físicas. Estamos falando de algo em torno de R$ 2,94 bilhões. Este montante foi retomado por cerca de 13,4 milhões de pessoas.

Neste mesmo período de tempo, estima-se que algo em torno de 493 mil empresas retiraram o dinheiro esquecido em instituições financeiras. Eles retomaram para os seus cofres algo em torno de R$ 984,5 milhões.

Com consultar e solicitar valores no SVR

Mas afinal de contas, como é possível saber se há alguma parcela deste dinheiro disponível em seu nome, e como solicitar o saldo?

Passo 1:

Em primeiro lugar, é importante abrir o site oficial da consulta. Ele é o único canal que realiza este tipo de procedimento.

Passo 2:

Para as pessoas físicas, o sistema pede o número do CPF e a data de nascimento. Já para as pessoas jurídicas, é preciso apresentar o CNPJ e a data de abertura da empresa.

Passo 3:

Caso exista algum valor, basta clicar no botão ‘Acessar o SVR’, e seguir o passo a passo da solicitação. O cidadão vai precisar indicar uma chave Pix e informar os seus dados pessoais. É importante guardar o número do protocolo para entrar em contato com a instituição, se houver necessidade.

Normalmente, o dinheiro é depositado em um intervalo de até 12 dias.

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