A dessalinização é o processo de conversão da água do mar em água potável, removendo o sal e outros minerais.
Embora formas rudimentares de dessalinização tenham sido usadas desde a antiguidade, apenas em meados do século 20 os métodos de dessalinização em escala industrial tornaram-se amplamente disponíveis para comunidades costeiras inseguras quanto à água em todo o mundo.
Hoje, cerca de 300 milhões de pessoas em mais de 150 países obtêm água todos os dias de cerca de 20.000 usinas de dessalinização.
Apenas 2,5% da água superficial do planeta é doce, e apenas uma fração dela está disponível e é adequada para consumo humano.
À medida que a mudança climática se intensifica, a dessalinização fornece água potável alternativa e fonte de irrigação.
No entanto, também tem impactos ambientais significativos. As tecnologias emergentes podem ajudar a mitigar alguns desses efeitos, mas a dessalinização é uma compensação entre atender à crescente demanda humana por fontes de água doce e os problemas ambientais que o processo exacerba.
Processo e tecnologias
Ao longo da história, as pessoas usaram vários métodos de destilação e filtração para complementar os suprimentos de água doce. Mas foi só em meados do século 20 que a dessalinização se tornou um processo industrial em grande escala, capaz de fornecer água aos grandes centros populacionais.
Atualmente existem três categorias básicas de dessalinização em amplo uso: tecnologias de membrana, tecnologias térmicas (destilação) e processos químicos. As técnicas de membrana e térmicas são os métodos de dessalinização mais comumente utilizados.
Destilação térmica
A dessalinização térmica envolve ferver a água até que ela evapore, deixando para trás o sal. O vapor d’água, agora sem sal, é então recolhido por condensação.
A energia térmica necessária para conseguir isso em grande escala vem de geradores de vapor, caldeiras de calor residual ou extração de vapor de turbinas de centrais elétricas.
Uma das técnicas térmicas mais prevalentes é a destilação flash de vários estágios (MFS), um tipo de instalação que é relativamente simples de construir e operar, mas que consome muita energia.
Hoje, a dessalinização de MSF é mais comum no Oriente Médio, onde abundantes recursos de combustíveis fósseis tornam isso viável, de acordo com a International Water Association.
Separação de membrana
A tecnologia básica com dessalinização por membrana envolve a aplicação de intensa pressão para forçar a água salgada através de várias membranas minúsculas e semipermeáveis.
Essas membranas permitem que a água passe, mas não os sais dissolvidos. Isso parece simples, mas é outro empreendimento que consome muita energia.
O processo de membrana mais comum é a osmose reversa, desenvolvida pela primeira vez na década de 1950 e comercializada na década de 1970. Este é agora o tipo de dessalinização mais amplamente usado fora do Oriente Médio e do norte da África.
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