O desemprego no Brasil teve a primeira queda no ano em pesquisa divulgada nesta terça-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No total o índice saiu de 14,6% para 14,3% no último trimestre encerrado em outubro, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (Pnad Contínua).
Os dados divulgados estão melhores do que era projetado pela agência Reuters, um total de 14,7%.
Mesmo assim não há muito que se comemorar, isto porque é estimado que o desemprego atinja ainda um total de 14,1 milhões de pessoas. Ainda o número de pessoas ocupadas está menor se comparado o mesmo período do ano passado.
“Esse cenário pode estar relacionado a uma recomposição, ao retorno das pessoas que estavam em afastamento”, afirmou ao G1, a analista da pesquisa do IBGE, Adriana Beringuy.
Ariana também destacou que isso pode ser resultado de dois cenários. “Nesse trimestre percebemos uma redução da população fora da força de trabalho e isso pode ter refletido no aumento de pessoas sendo absorvidas pelo mercado de trabalho e também no crescimento da procura por trabalho”, afirmou.
Ainda na comparação do mesmo trimestre em 2019, a taxa de desemprego teve alta. Saindo de 11,6% para os atuais 14,3%. Um total de 2,7 pontos percentuais a cima.
Desemprego X pessoas ocupadas
De acorco com o IBGE, neste último semestre encerrado em outubro, havia 84,3 milhões de pessoas ocupadas. Isso representa um aumento de 2,8% (mais 2,3 milhões) em relação ao trimestre anterior (maio a julho).
“Se compararmos com o mesmo trimestre do ano anterior, temos uma população ocupada que é menor em quase 10 milhões de pessoas e um aumento de 12 milhões na população fora da força. Então esse pode ser um início de uma recomposição, mas as perdas acumuladas na ocupação durante o ano ainda são muito significativas”, pontua Adriana.
Ainda a taxa de informalidade está em patamares altos, chegando a quase 40% e resultando 32,7 milhões de trabalhadores nesta situação no Brasil. A taxa, ao contrário do desemprego cresceu, saindo de 37,4% no trimestre anterior para exatos 38,8% neste último trimestre divulgado.
Muitos informais não ganham ao menos um salário mínimo.
Desalento
O desalento é quando a pessoa está fora do mercado de trabalho (desempregada) e desistiu de procurar um emprego. Todavia, aceitaria uma vaga caso alguém oferecesse.
Índice que chegou a 5,8 milhões de pessoas nesta situação neste último trimestre. O número é considerado estável se comparado ao semestre de maio a julho. Contudo, se comparado ao mesmo trimestre do ano anterior a alta foi de 25%.
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