Desempregado após fazer empréstimo do FGTS? Confira os próximos passos e soluções

Imagine realizar um empréstimo com a garantia do FGTS e, de repente, receber uma notícia inesperada: a demissão do seu emprego.

Nesse momento delicado, é natural que uma série de dúvidas e preocupações surjam. Afinal, você se vê diante da necessidade de lidar com o impacto da perda do emprego.

Mas, para além disso, também precisa encontrar uma maneira de honrar as parcelas do empréstimo, ao mesmo tempo em que enfrenta suas despesas habituais.

Diante dessa conjuntura desafiadora, é essencial buscar orientações e estratégias para lidar com essa situação de forma consciente e assertiva.

Por isso, convidamos você a continuar a leitura deste artigo, onde ofereceremos informações importantes sobre como enfrentar esse cenário com tranquilidade e segurança.

Processo e requisitos para contratar um empréstimo com o saldo do FGTS como garantia

FGTS
Trabalhadores podem solicitar empréstimo pelo saldo do FGTS. Imagem: Contec.

Ao considerar a possibilidade de contratar um empréstimo utilizando o saldo do FGTS como garantia, é essencial compreender completamente o funcionamento desse processo e os requisitos necessários para sua realização.

Em primeiro lugar, é fundamental ser optante da modalidade de saque-aniversário do FGTS. Essa troca da modalidade padrão de saque-rescisão pelo saque-aniversário pode ser realizada de forma simples através do aplicativo do FGTS.

Veja como habilitar a modalidade de saque-aniversário em apenas alguns passos:

  1. Instale e acesse o aplicativo do FGTS, clicando em “Entrar no aplicativo”;
  2. Insira seu CPF, selecione a opção “Não sou um robô” e clique em “próximo”. Em seguida, insira sua senha do aplicativo e clique em “entrar”;
  3. Selecione a opção “Saque Aniversário do FGTS”;
  4. Leia os termos de uso cuidadosamente, clique em “Li e aceito os termos e condições” e, em seguida, em “Optar pelo Saque-aniversário”.

Contratação do empréstimo

A modalidade de antecipação do saque-aniversário oferece uma oportunidade única de adiantar todas as futuras parcelas a que você teria direito, normalmente disponíveis apenas uma vez por ano, no mês de seu aniversário.

Para utilizar esse serviço, é imprescindível que você tenha saldo suficiente em suas contas do FGTS, sejam elas ativas ou inativas, a fim de cobrir todas as despesas da operação, incluindo taxas e demais encargos.

Em relação às taxas, esse tipo de crédito apresenta uma taxa de juros competitiva em comparação com outras modalidades de empréstimo, sendo acessível mesmo para pessoas com restrições no CPF.

No entanto, é fundamental manter uma situação regular perante a Receita Federal, sem pendências fiscais.

Além disso, é necessário ser maior de 18 anos ou emancipado e possuir uma conta corrente ou poupança para receber os recursos do empréstimo.

Os pagamentos das parcelas do empréstimo são efetuados anualmente, a partir do saldo do FGTS, o que significa que não há a necessidade de se preocupar com o pagamento de boletos mensais ou comprometer sua renda mensal.

A instituição financeira deduzirá diretamente o valor devido do saldo retido, uma vez ao ano, no mês de seu aniversário.

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O que fazer se fiz um empréstimo do FGTS e fui demitido?

Ser demitido após ter feito um empréstimo utilizando o FGTS pode gerar preocupações financeiras. Entretanto, existem medidas que podem ser tomadas para lidar com essa situação de forma mais tranquila.

Primeiramente, é importante destacar que mesmo em caso de demissão, as parcelas do empréstimo devem continuar sendo pagas.

É fundamental entrar em contato com a instituição financeira responsável pelo empréstimo e explicar a mudança na situação profissional. Muitas vezes, é possível negociar novas condições de pagamento que se adequem ao novo cenário.

Em situações de demissão sem justa causa, o trabalhador tem direito a receber a multa rescisória de 40% do FGTS, além do seguro-desemprego.

Esses recursos podem ser utilizados para quitar ou reduzir o saldo devedor do empréstimo, aliviando o impacto financeiro da demissão.

Ademais, é válido verificar se o empréstimo possui algum tipo de seguro de proteção, que poderá cobrir as parcelas em caso de demissão involuntária. Esta é uma salvaguarda que pode oferecer maior segurança financeira em momentos de instabilidade no emprego.

É importante manter uma comunicação transparente e aberta com a instituição financeira, buscando soluções que sejam benéficas para ambas as partes.

A renegociação da dívida pode ser uma alternativa viável para ajustar as condições de pagamento de acordo com a nova realidade do trabalhador.

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