O Brasil começou a vacinar sua população contra o vírus da Covid-19 há cerca de dois anos. Existem no país quatro tipos de vacinas aplicadas, a AstraZeneca, Pfizer, Janssen e a Coronavac. Todavia, estes imunizantes são distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para todos os brasileiros.
No entanto, mesmo com vários canais de mídia, como televisão, jornais, revistas e sites de internet tratando da pandemia, muitas pessoas ainda têm dúvidas relacionadas ao número de aplicações das vacinas contra o coronavírus. Analogamente, não se sabe ao certo quantas doses devem ser recomendadas.
O SUS conta com diferentes esquemas de vacinação, o que pode fazer com que os cidadãos não saibam realmente quantas doses de vacina devem tomar. Desse modo, para auxiliar nesta questão, o Ministério da Saúde, após recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passou a recomendar um número certo de doses.
Com base em evidências científicas, relacionadas ao aumento da imunidade, manutenção e proteção da covid-19, o ministério tem recomendado quatro doses. Dessa maneira, seria uma inicial e outras três de reforço. Isso se deve ao fato de que há evidências de que a imunidade gerada pelas vacinas tende a reduzir com o tempo.
Doses de reforço
A princípio, a proteção que as doses geram ao corpo humano, no combate ao coronavírus, diminui drasticamente entre seis e oito meses da pessoa vacinada com duas doses. Por essa razão, a comunidade científica tem indicado a necessidade de um reforço, para prevenir o agravamento e a morte pela infecção.
Em síntese, alguns estudos indicam que a dose de reforço amplia a resposta imunológica do corpo, e garante uma proteção cinco vezes maior contra casos graves e óbitos relacionados à Covid-19. É o Ministério da Saúde quem define as pessoas que devem tomar uma dose de reforço, de acordo com uma recomendação da Anvisa.
Vale ressaltar que há uma ampliação do número de pessoas aptas a tomar as doses de reforço, desde o início da pandemia. Aliás, ela tem relação com os novos estudos feitos e as novas evidências científicas que apontam a necessidade das pessoas de realizar aplicações das vacinas adicionais.
O Ministério da Saúde informa que está recomendando as doses de reforço por conta de algumas pesquisas que indicaram a sua capacidade de gerar uma resposta imune do corpo, depois de aplicações de várias vacinas. Em suma, vale ressaltar que a aplicação de doses de vacinas diferenciadas tem dado bons resultados.
Esquema vacinal contra a Covid-19
O esquema vacinal recomendado pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 do Ministério da Saúde, aponta que o número de doses recomendadas contra o coronavírus é de três doses da Pfizer para crianças de seis meses a quatro anos.
Crianças de três a quatro anos devem tomar duas doses da Corona Vac. Para pessoas de cinco a 39 anos, a recomendação é que elas tomem três doses totais, sendo uma de reforço. Para pessoas com mais de 40 anos e profissionais de saúde, a recomendação do ministério é de quatro doses totais, sendo uma de reforço.
Ademais, de acordo com o Ministério da Saúde, a dose de reforço aplicada em pessoas de cinco a 39 anos de idade, deve ser aplicada quatro meses depois da dose única. As vacinas recomendadas para pessoas com mais de 18 anos de idade são a Pfizer, AstraZeneca e a Janssen.
Crianças de cinco a 11 anos devem tomar a vacina pediátrica da Pfizer contra a Covid-19. Os adolescentes de idade entre 12 e 17 anos devem preferencialmente tomar as vacinas da Pfizer. Caso seja necessário, elas podem tomar a da Corona Vac. Quem precisa de reforço pode adquirir doses da Pfizer, AstraZeneca e Corona Vac.
Segunda dose de reforço
O Ministério da Saúde recomenda para a população acima dos 40 anos de idade e para trabalhadores da área de saúde, a aplicação de uma segunda dose de reforço. O intervalo entre as duas doses deve ser de quatro meses. A aplicação de doses da vacina contra a Covid-19 para pessoas imunocomprometidas é diferenciada.
O esquema de vacinação é composto de três doses, sendo que uma é a aplicação inicial de duas doses, mais uma adicional. O intervalo entre as aplicações é de oito semanas. Em conclusão, estas pessoas também podem receber mais uma dose de reforço, para garantir uma maior proteção relacionada ao Covid-19.