Covid-19: Queiroga defende retorno de mais atividades econômicas
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, deu declarações acerca da pandemia da Covid-19 e a volta dos setores da economia.
Para ele, a diminuição dos casos e também o aumento da cobertura vacinal apontaria para a chance de alguns setores voltarem a funcionar normalmente.
Ele também criticou os municípios que já falam em uma terceira dose da vacina e que devem seguir o PNI (Programa Nacional de Imunizações).
Terceira dose da vacina da Covid-19
Até o momento, “não há estudo conclusivo sobre 3ª dose em vacinas contra covid-19, diz Anvisa”.
A terceira dose pode até ser necessária, mas não há estudos que indiquem qual seria a periodicidade que é recomendado para conter consequências mais graves da Covid-19.
Neste cenário o ministro da Saúde defende que primeiramente sejam aplicadas a primeira e segunda dose contra a Covid-19 em toda população, com intuito de estabelecer a abertura de todos os setores da economia.
“O objetivo agora é esse, flexibilizar a abertura das atividades econômicas e isso vai no compasso do aumento da vacinação e obedecendo a protocolos seguros, pode ser feito”, defendeu.
E continuou. “Da forma como a campanha está andando, teremos 100% da população vacinável acima de 18 anos vacinada até setembro. A primeira dose da vacina e 50% vacinada com a segunda dose. Falo da população vacinável, que são 160 milhões de brasileiros. O PNI com sua câmara técnica estuda a criação de outro subgrupo, como por exemplo, os adolescentes de 13 a 18 anos com comorbidades”, explicou.
Pandemia da Covid-19 e Copa América
A Copa América se apresentou como outra polêmica desta gestão e o ministro fez questão de comentar o assunto.
“Assistimos à Copa América e, ao contrário do que se previa, houve redução do número de casos e óbitos. Claro que foi por conta da vacinação, mas se seguirmos protocolos, nós temos condições de retomar atividades econômicas”, disse.
Veja também: Fundo eleitoral: Bolsonaro sinaliza que poderá vetar os R$ 5,7 bilhões
Retorno das aulas presenciais
O ministro da Saúde também se posicionou quanto a volta as aulas nas escolas da rede pública. “É fundamental que agora em agosto se retomem as aulas”, disse.
Mas quem de fato deve bater o martelo é o Ministério da Educação.
O Ministro da Educação, Milton Ribeiro, defendeu no início do mês o retorno das aulas, mas disse não saber quantas escolas e alunos já estão tendo aula nesta modalidade no país.
Estudo da Universidade de São Paulo (USP), porém, aponta que há problemas nos protocolos para reabertura diante da pandemia da Covid-19.
Um indicie de segurança para retorna das aulas foi criado e os estado analisados ficaram com notas de 30 a 59, quando o máximo é 100.
Amazonas, Ceará, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e São Paulo fizeram parte da pesquisa.
“São protocolos com notas moderadas, outros com níveis piores. E estão discutindo reabertura em um momento de aumento de transmissão. Se você vai abrir escolas em momento de elevado risco de transmissão, seu protocolo precisa ser superseguro”.
A declaração foi dada ao G1, pela professora de ciência política da USP, Lorena Barberia, ela é responsável pela pesquisa e doutora pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em administração pública e governo.