Até 660 pessoas poderão morrer de fome e desnutrição por hora

Que a pandemia da Covid-19 tem agravado as desigualdades não é novidade. Mas um estudo recente revelou que 20 milhões de pessoas (a mais) no mundo estão vivendo em níveis extremos de insegurança alimentar.

Os dados fazem parte de relatório divulgado pela ONG Oxfam esta quinta-feira (8).

Intitulado de “O Vírus da Fome se Multiplica”, o estudo traz dados alarmantes quanto a desigualdade.

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Enquanto milionários acumulam fortunas, cerca de 155 milhões de pessoas em 55 países estão em níveis extremos de insegurança alimentar.

Fome poderá matar mais que a Covid-19

O estudo chamou atenção do impacto a segurança alimentar poderá causar, matando mais que a própria pandemia da Covid-19.

Até 11 pessoas poderão morrer de fome e desnutrição por minuto até o fim de 2021 no mundo – número maior do que a atual taxa de mortalidade da Covid-19, que é de sete por minuto – se nenhuma ação imediata for tomada para enfrentar as principais causas do problema: conflitos armados, Covid-19 e crise climática”, revelou a Oxfam.

O Brasil também não se livrou de aspectos históricos. “A pandemia da Covid-19 escancarou as desigualdades brasileiras e trouxe essa emergência da fome a milhões de pessoas no país”, destaca Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil, em entrevista ao G1.

Além do Brasil, em outros países o número de pessoas passando fome também aumentou como na Índia e África do Sul.

Milhões de brasileiros passam fome na pandemia 

Para se ter uma ideia no problema no Brasil 20 milhões de brasileiros passam fome, de acordo com Oxfax.

A conclusão parte de levantamento com dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede PENSSAN).

“Vivemos uma situação catastrófica porque há uma negligência sem tamanho com a vida das brasileiras e brasileiros, que estão sem vacinas, sem ter o que comer, sem emprego e sem renda”, finalizou Katia.

Impacto da pandemia da Covid-19 na renda do brasileiro

O levantamento também apontou que as classes mais altas são as que mais estão aumentando sua renda, enquanto as mais baixas sofrem com os efeitos da pandemia.

Classes201920202021
Classes D e E3,80%23,50%-14,70%
Classes C2,6-1,30%-1,80%
Classes B-0,30%-2,80%2,50%
Classes A9,40%2,10%3,80%
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