Conflito em Israel pode aumentar preço da gasolina? Veja o que se sabe

Conflito em Israel pode aumentar preço da gasolina? Veja o que se sabe

Trabalhadores brasileiros estão preocupados com os impactos econômicos do conflito em Israel no contexto interno

Independente da sua região e da sua classe social, é fato que você sabe o que está acontecendo em Israel. O país está no meio de uma guerra declarada com a Palestina, e mais recentemente as tensões começaram a envolver também o Irã. Mas para além da preocupação com o que está ocorrendo no Oriente Médio, há também uma preocupação interna.

E a maior preocupação gira em torno do preço da gasolina. Como se sabe, países do Oriente Médio são grandes produtores de petróleo, e uma crise envolvendo a região teria muito potencial para mexer nos preços que são aplicados na gasolina para o público brasileiro.

É fato que a Petrobras decidiu acabar com a Política de Paridade Internacional (PPI), o sistema que atrelava os preços do combustível no Brasil aos valores internacionais. De todo modo, o novo sistema adotado pela Petrobras não acabou de vez com este atrelamento.

Isto significa que a Petrobras não precisa repassar todo o aumento de uma vez para o consumidor, mas considerando um cenário de aumento expressivo dos valores internacionalmente, é possível até mesmo provável que o reajuste seja aplicado no Brasil.

Conflito em Israel pode aumentar preço da gasolina? Veja o que se sabe
Conflito no Oriente Médio preocupa também os brasileiros. Imagem: Reprodução/ X

Gasolina vai subir?

De acordo com informações de bastidores, a ordem dentro do governo federal é aguardar. Por agora, o que se tem é que os valores da gasolina não serão elevados pela Petrobras, mesmo em um contexto de aumento das tensões envolvendo Israel e o Irã.

Serão duas fases de espera:

  • Primeiro a estatal vai aguardar para saber se Israel vai retaliar o Irã de alguma forma;
  • Caso exista uma retaliação, a ordem é aguardar para entender o impacto deste movimento na extração de petróleo pelo Irã.

Somente depois destes dois movimentos, é que a Petrobras poderia agir para elevar os preços da gasolina no Brasil, em decorrência deste delicado contexto internacional.

Nesta segunda-feira (15), o mercado futuro do barril de petróleo abriu com cotação de US$ 89,60, o que pode ser considerado como uma leve baixa. Mas tudo pode mudar a depender das possíveis respostas de Israel ao Irã.

Preços da Petrobras

Desde que assumiu a presidência da Petrobras no início do ano passado, Jean Paul Prates vem sendo acusado de atuar para segurar os preços dos combustíveis de maneira artificial. Ele nega as acusações, e diz que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) jamais o fez este pedido.

Prates lembrou que, quando necessário, elevou os preços dos combustíveis no último mês de agosto, e elogiou a nova política de definição de preços, que está substituindo o Plano de Paridade Internacional (PPI).

“Podemos aguentar desconforto por um tempo. É bom para o Brasil (a nova política de preços da estatal) e não é ruim para a Petrobras. Abrasileirar os preços não é uma coisa de campanha (presidencial). A gente mudou o modelo e vai ajustar quando o novo patamar estiver consolidado”, seguiu ele, durante uma entrevista veiculada recentemente.

Estados desistem de elevar ICMS sobre gasolina

Ainda no final do ano passado, o congresso nacional promulgou oficialmente a Reforma Tributária. O texto ainda precisa passar por uma série de regulamentações, e ainda deve demorar um pouco para impactar a vida dos brasileiros. Mas alguns pontos já devem ser sentidos desde já. Um deles, por exemplo, é o não aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Desde a promulgação do texto, alguns estados, que haviam se comprometido a elevar o ICMS para o próximo ano, começaram a desistir da ideia. Foi o que aconteceu com as seguintes unidades da federação:

  • Rio Grande do Sul;
  • São Paulo;
  • Espírito Santo.

Nestes estados, existia uma previsão de aumento deste imposto, que poderia impactar o valor da gasolina e de uma série de produtos alimentícios já a partir de janeiro. Mas o fato é que os governadores locais decidiram voltar atrás do aumento.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Obrigado por se cadastrar nas Push Notifications!

Quais os assuntos do seu interesse?