Muitos brasileiros ainda moram de aluguel e hoje foi divulgada uma ótima notícia. Ao longo do último ano, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) passou por grandes oscilações devido a diversos fatores. Agora em junho de 2023, o IGP-M, que é comumente usado para reajustes de aluguéis, registrou uma queda significativa de 1,93%. Esta diminuição seguiu a tendência do mês anterior, onde também houve uma redução de 1,84%. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), o índice agora acumula uma queda de 6,86% nos últimos 12 meses e de 4,46% em 2023.
Essas estatísticas marcam uma mudança considerável se comparadas ao mesmo período do ano passado. Em junho de 2022, o IGP-M na verdade subiu 0,59% e acumulava um aumento de 10,70% no período de 12 meses. Mas o que levou a essa queda acentuada nos últimos meses?
Impactos no mercado imobiliário
A queda da IGP-M tem um impacto considerável no mercado imobiliário, uma vez que este índice é comumente utilizado como base para o reajuste dos valores de aluguel. Com a queda do índice, os valores dos aluguéis também tendem a diminuir, afetando assim a receita das empresas do setor imobiliário.
Fatores que contribuíram para a queda
Uma das principais variáveis a influenciar o IGP-M é o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que caiu 2,73% em junho, após uma queda de 2,72% em maio. A situação foi agravada pelo declínio na taxa do grupo de Bens Finais, que caiu 1,22% em junho, em comparação com a queda de 0,16% registrada em maio.
O subgrupo “combustíveis para o consumo” desempenhou um papel significativo nesta situação, com sua taxa passando de -1,27% para -10,56% no mesmo período. Além disso, o índice de Bens Intermediários também registrou uma queda marcante de -1,49% em maio para -2,88% em junho.
Afinal, o que esperar para o futuro?
Diante do atual cenário econômico caracterizado pela queda do IGP-M, muitos proprietários e inquilinos podem se perguntar qual será o próximo passo. Isso ainda é incerto e dependerá muito do desempenho da economia nos próximos meses. Apesar deste cenário adverso, é importante lembrar que o mercado imobiliário é dinâmico e, embora possa sofrer reduções temporárias, tende a se recuperar ao longo do tempo.
E não foi só o IGPM que teve redução
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu 0,25% em junho. Em maio, o índice variou 0,48%. Sete das oito classes de despesas, componentes do índice, apresentaram queda em suas taxas de variação. A maior contribuição para essa queda partiu do grupo Transportes, cuja taxa de variação passou de 0,50% para -1,68%. Importante destaque foi da gasolina, cujo preço variou -3,00%, ante -0,09% na edição anterior. Também apresentaram quedas os grupos:
- Alimentação (0,79% para -0,33%)
- Saúde e Cuidados Pessoais (1,22% para 0,41%)
- Habitação (0,75% para 0,41%)
- Comunicação (0,91% para 0,14%)
- Vestuário (0,58% para 0,42%).
- hortaliças e legumes (6,32% para -1,56%)
- medicamentos em geral (2,01% para 0,40%)
- gás de cozinha (1,61% para -2,71%)
No entanto, apenas o grupo Educação, Leitura e Recreação (-2,32% para -0,55%) registrou acréscimo em sua taxa de variação. Esta classe de despesa foi influenciada pelo item passagem aérea, cuja taxa passou de -13,29% para -3,87%. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) crescer 0,85% em junho, ante 0,40% em maio. Os 3 grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações de maio para junho: Materiais e Equipamentos (-0,06% para -0,15%), Serviços (0,64% para 0,18%) e Mão de Obra (0,75% para 1,81%).