Cesta básica: aumento de 26% nos últimos 12 meses

Alta da inflação diminui o poder de compra dos brasileiros

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realizou uma Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos em 17 capitais brasileiras e apontou que nos últimos 12 meses houve um aumento de 26% no custo da cesta básica.

Desse modo, a alta inflacionária em junho foi aferida em 9 das capitais, tendo Fortaleza como a cidade com o maior aumento, de 4,54%, seguido por Natal, com 4,33% e João Pessoa, com 3,36%. Estima-se que o cidadão que ganha um salário mínimo, gaste 69,32% de seu rendimento com a cesta básica.

Todavia, foram oito as cidades pesquisadas que apresentaram redução no índice dos preços relativos ao mês. Podemos destacar Porto Alegre, com -1,90%, Curitiba, com -1,74% e Florianópolis, com -1,51%.  

O maior aumento no preço, nos últimos 12 meses, foi computado em Recife, 26,54% e o menor em Vitória, com 13,34%. Aliás, só o leite longa vida, incluso na cesta, apresentou uma alta de 20,97% no período.

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Preço nas capitais

A capital que apresentou a maior alta da lista de produtos fundamentais para subsistência de uma pessoa por um mês foi São Paulo. Ademais, a cesta custa R$770, um valor alto, mesmo tendo uma queda de 0,12% referente ao mês passado.

Em seguida, as cidades com as cestas básicas mais caras são Florianópolis, R$760,41, Porto Alegre, R$754,19 e Rio de Janeiro, R$733,14. Em síntese, das 17 cidades incluídas na pesquisa, as que apresentam os menores valores são Aracaju, com R$549,91, Salvador com R$580,82 e João Pessoa, com R$586,73.

Desse modo, as cidades do norte e do nordeste costumam ter um menor valor de cesta básica devido aos produtos que a compõem serem diferenciados. Mesmo assim, segundo a pesquisa do DIeese, todas as capitais do país apresentaram alta em junho.

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Renda brasileira  

A pesquisa realizada indicou também, com base na cesta básica de São Paulo, que a renda mensal necessária para uma família de até quatro pessoas, deveria ser de R$6.527,67. Ou seja, 5,39 vezes o valor do salário mínimo atual de R$1.212,00.  

Produtos da Cesta Básica  

A pesquisa mostrou que o leite foi um dos produtos que teve a maior alta de preços, destacando Belo Horizonte, com 23,09%, Porto Alegre, com 14,67%, Campo Grande, com 12,95% e Rio de Janeiro, com 11,09%.

Primeiramente, em relação à manteiga, houve uma alta de 5,69% em Campo Grande, 5,38% em Belém, 3,23% em Recife. O pão francês subiu em 15 das 17 capitais estudadas. Ele teve a maior alta em Belém, com 10,29%, Salvador, com 3,36% e Natal, com 3,21%.

O quilo do Feijão Carioquinha também teve um aumento substancial em todas as cidades. Já o preço do café em pó subiu em 13 capitais. Um dos produtos que freou a alta no mês foi a batata, que teve redução de preço de -19,60% em Campo Grande, -16,31% em Florianópolis e -14,72% em Belo Horizonte.

Sobre a variação no preço dos laticínios, o Dieese afirmou em nota que  “o período de entressafra e o impacto da estiagem nas pastagens reduziram a oferta do leite que, somada aos altos custos de produção, com alimentação do gado e medicamentos, resultaram em elevação do preço do produto no campo”.

O departamento ainda disse que a alta do dólar e a desvalorização do real influência no preço da manteiga, já que grande parte dos produtos encontrados no mercado são importados. O Dieese ainda alega que há uma competição entre as indústrias alimentícias sobre as matérias primas necessárias para a produção do laticínio.

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Alta da cesta básica

A cesta básica teve um aumento de 48,3% em três anos. Alguns produtos chegaram a ter uma alta de 153%. Em suma, o índice de preços dos itens básicos de alimentação dos brasileiros ficou duas vezes acima do índice de inflação do período, que foi de 21,5%.

De acordo com Patrícia Costa, supervisora de pesquisas do Dieese, a inflação do país é alta. Ela afimra que está concentrada nos alimentos básicos e em bens e serviços. A supervisora destaca que uma das causas para a elevação de preços é a crise da Covid.   

 

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