Apesar do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, já ter anunciado a filiação do atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro, ao partido, parece que nem tudo está tão resolvido assim. Ao menos foi o que deu a entender o presidente em sua participação na Dubai Air Show, um dos maiores eventos com foco aeroespacial no mundo.
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O presidente Bolsonaro afirmou que sua filiação, antes prevista para o dia 22 de novembro, pode demorar mais e não acontecer na data. “Só vale depois que eu assinar embaixo. Enquanto eu não assinar, não vale. Você quer saber a data que vai nascer a criança e eu nem casei ainda, pô”, ironizou Bolsonaro.
De acordo com Bolsonaro, o motivo para isso é que nem tudo foi alinhado com o presidente do PL. “Tem muita coisa pra conversar com o Valdemar da Costa ainda. Porque, afinal de conta, não é a minha bandeira que vai ficar isolada no partido dele. Nós queremos é um projeto de Brasil, e o discurso não é apenas o meu. É do presidente do partido também nós estarmos perfeitamente alinhados”, se explicou Bolsonaro.
Ele ainda falou da filiação como um casamento, analogias comuns vindas do mandatário. “Eu acho difícil essa data de 22. Tenho conversado com ele, e estamos em comum acordo que podemos atrasar esse casamento para que não comece sendo muito igual aos outros. Não queremos isso”, argumento o presidente.
As informações são do Portal Metrópoles.
Informações sobre partidos
Bolsonaro já havia dito anteriormente que tinha três partidos na sua mira PP, PL e Republicanos (antigo PRB), mas só depois a escolha foi anunciada.
A ideia é lançar a candidatura do presidente para 2022, com uma indicação do PP para o vice presidente.
Bolsonaro está sem partido desde novembro de 2019, ou seja, dois anos. O presidente saiu do PSL com desentendimentos e um cenário conturbado.
O presidente até pensou em lançar um novo partido, chamado de Aliança Brasil. O projeto ficou só no papel já que era preciso recolher número mínimo de assinaturas para registro oficial no TSE.
Agenda internacional
Bolsonaro está desde sábado (13) buscando investidores para o país, mas as falas nestes eventos parecem ter sido polêmicas, uma das mais recentes foi declarar que a Amazônia não pega fogo, por ser uma floresta úmida.
Além disso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, também acompanha o presidente nas agências e já declarou inclusive que o Brasil tem ido bem e que não gosta de números. Para ele, o Brasil tem se desenvolvido “mais do que as economias avançadas”.