Bolsonaro gastou R$27,6 milhões com cartões corporativos em 4 anos (confira!)

Maioria das despesas é relacionada a hotéis e alimentação

O governo divulgou os gastos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com seus cartões corporativos no período em que esteve à frente do país. Foram cerca de R$27,6 milhões durante quatro anos de presidência. todavia, o total de despesas inclui o seu cartão pessoal e as expensas de sua equipe durante os anos de 2019 a 2022.

Os dados foram obtidos pela Agência Fiquem Sabendo, que analisou o repositório de informações classificadas da Secretaria-Geral da Presidência da República. Aliás, o Palácio do Planalto também publicou os gastos detalhados com cartões corporativos da presidência no período de 2003 a 2022, em seu site oficial.

As informações referentes aos gastos presidenciais divulgados eram de domínio público, no entanto, não estavam bem organizadas. Ademais, o governo então optou por uma maior transparência sobre suas despesas desde o primeiro mandato do presidente Lula, além dos governos que vieram depois.

Aliás, os R$27,6 milhões gastos por Bolsonaro no período em que foi presidente do país são relativos a seu cartão pessoal e outras despesas junto a cartões de ajudantes, e funcionários da presidência. Os maiores valores se referem a hospedagem em hotéis, e alimentação, durante as viagens do ex-presidente e seus assessores.

Dados importantes

Algumas informações e dados sobre as despesas de Bolsonaro chamam a atenção. Todavia, a hospedagem em hotéis de alto luxo, por exemplo, com diárias exorbitantes, chegam ao todo a R$13,6 milhões, além de gastos com cosméticos e sorvetes, sinalizando uma falta de atenção com o dinheiro público.

Bolsonaro gastou cerca de R$581 mil durante seu mandato com padaria. Analogamente, se formos contabilizar, só as filiais da padaria carioca Santa Marta, receberam o montante de R$362 mil relacionados ao cartão corporativo do presidente durante os últimos quatro anos de mandato presidencial.

Vale ressaltar que o ex-presidente discursou em um evento do PL em março de 2022 afirmando que havia acabado com a “farra com dinheiro público”. Dessa maneira, ele se contradiz, visto que as despesas com seu cartão corporativo durante todo o seu governo foram bastante altas.

O uso dos cartões corporativos pela presidência é regulamentado através do decreto nº5.355/2005. Ele afirma que o meio de pagamento serve para a “quitação de despesas feitas para a compra de material e a prestação de serviços.  Nos estritos termos da legislação vigente no país”.

Outros gastos do governo

Outras despesas do governo federal passado que merecem destaque são materiais para festividade e homenagem, em lojas de Brasília especializadas em decoração e artigos para festas. O ex-presidente também utilizou seu cartão corporativo para fazer compras no Mercadinho La Palma com R$678 mil ao todo.

Um gasto que também chama a atenção foi a compra de doces em lojas especializadas. Só na Casa do Chocolate, o governo despendeu R$46mil em quatro anos. O presidente também utilizou seu cartão em pet shops. A rede Petz se destaca com a maioria dos gastos, com alimentos e produtos.

Despesas em hotéis

A maior parte das despesas de Bolsonaro durante os quatro anos que teve o cartão corporativo da presidência em suas mãos, é de gastos com hotéis em suas viagens. Apenas o Ferraretto Hotel, por exemplo, recebeu a quantia de R$1,46 milhões. No Blue Tree Faria, a hospedagem do ex-presidente custou 553 mil.

Gasto com férias 

Após o levantamento, foram observados alguns gastos feitos durante seu período de férias, nos recessos de fim de ano em 2019, 2020, 2021 e 2022. Não se sabe ao certo quanto ele gastou nos estabelecimentos onde passou, mas estima-se que ele despendeu mais de R$71 mil em apenas um posto de gasolina em São Francisco do Sul, no estado de Santa Catarina, por exemplo.

Ano passado, durante um discurso, Bolsonaro afirmou que não teria feito uso de um de seus três cartões corporativos. Este anúncio foi feito após uma reportagem ter revelado que suas despesas com o cartão eram maiores que as de governos anteriores, como o de Dilma Rousseff e Michel Temer.

Em conclusão, o ex-presidente disse na época, que “do meu cartão, que eu posso sacar até R$25 mil por mês e tomar em tubaína com coca-cola, nunca tirei um centavo”. De acordo com Bolsonaro, o alto gasto no cartão, bancado por impostos dos cidadãos brasileiros, é referente às emas do Palácio da Alvorada.

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