BOLSA FAMÍLIA: Parcela de novembro é a menor em seis meses

BOLSA FAMÍLIA: Parcela de novembro é a menor dos últimos seis meses

A Caixa Econômica Federal iniciou na última sexta-feira (17) o pagamento do Bolsa Família a milhares de beneficiários em todo o país. Os repasses acontecem de acordo com o último dígito do Número de Identificação Social (NIS) dos usuários. Assim, um novo grupo de segurados tem acesso aos valores a cada dia útil, até o final do mês.

Em resumo, o Bolsa Família é o maior programa de transferência de renda do país e vem ajudando famílias brasileiras que estão em situação de vulnerabilidade. A parcela mínima no país é de R$ 600 por beneficiário, mas o valor pago nos últimos meses tem superado essa marca.

Embora o início dos pagamentos seja algo muito esperado pelos beneficiários, o valor médio pago pelo Governo Federal em novembro não animou tanto assim os inscritos no Bolsa Família. Isso porque o valor é o menor dos últimos seis meses.

Valor médio da parcela do Bolsa Família em novembro

Segundo o Governo Federal, o valor médio do programa assistencial chegou a R$ 677,88 no país. O valor é menor que as médias dos meses anteriores. Aliás, veja abaixo a parcela média paga pelo Bolsa Família nos últimos meses:

  • Maio: R$ 672,45;
  • Junho: R$ 705,40;
  • Julho: R$ 684,17;
  • Agosto: R$ 686,04;
  • Setembro: R$ 686,89;
  • Outubro: R$ 688,97;
  • Novembro: R$ 677,88.

Vale destacar que junho teve o maior valor já pago na história do Bolsa Família, figurando como o primeiro e único mês a repassar uma parcela média superior a R$ 700 aos segurados. Embora os valores dos últimos meses tenham sido menores que o de junho, ainda foram bastante expressivos para os beneficiários do programa.

Além disso, cabe salientar que todos estes valores médios superam a parcela mínima de R$ 600 garantida pelo Bolsa Família. Em outras palavras, os segurados estão recebendo um valor mais alto que o mínimo estabelecido pelo programa.

Entretanto, muitos usuários ficaram se perguntando porque o valor médio de novembro é o menor em seis meses. Existem dois motivos para isso: a paralisação do Auxílio Gás em novembro, já que o benefício é pago a cada dois meses, e o aumento do número de beneficiários na Regra de Proteção do Bolsa Família.

Valor médio da parcela de novembro do Bolsa Família é o menor desde maio
Valor médio da parcela de novembro do Bolsa Família é o menor desde maio. Imagem: Agência Brasil.

O que é Regra de Proteção do Bolsa Família?

A saber, o Bolsa Família foi retomado no Brasil em março deste ano pelo governo Lula, que promoveu várias mudanças no benefício. O novo governo extinguiu o Auxílio Brasil, que havia sido criado em 2021, durante o governo do ex-presidente de Jair Bolsonaro, justamente para ficar no lugar do Bolsa Família.

Em suma, o reformulado programa social substituiu a Regra de Emancipação do Auxílio Brasil pela Regra de Proteção do Bolsa Família. Anteriormente, os usuários poderiam ingressar no Bolsa Família caso tivessem uma renda de até R$ 210 por pessoa da família. Com a nova regra, o valor subiu para R$ 218 mensais.

No entanto, as famílias que já são seguradas do Bolsa Família e registram aumento da renda, superando essa marca de R$ 218, não perdem o benefício de imediato. Contudo, isso acontece apenas para as famílias cuja renda por pessoa não ultrapasse meio salário mínimo (R$ 610).

As famílias que se enquadram nesta realidade recebem metade do benefício por mais dois anos para conseguir controlar as finanças, possuindo mais possibilidades de organizar as dívidas e contas até que o benefício deixe de ser pago.

Nesse período, o governo pagará 50% do valor da parcela que as famílias tinham direito, incluindo os adicionais para crianças, adolescentes, gestantes e nutrizes.

Por que o governo reduz o valor da parcela?

Em primeiro lugar, vale destacar que o Bolsa Família possui três principais objetivos:

  • Combater a fome, por meio da transferência direta de renda às famílias beneficiárias;
  • Contribuir para a interrupção do ciclo de reprodução da pobreza entre as gerações;
  • Promover o desenvolvimento e a proteção social das famílias, especialmente das crianças, dos adolescentes e dos jovens em situação de pobreza.

Em suma, as famílias que registram aumento na renda e conseguem sair do grupo das pessoas mais vulneráveis do país, perdem o direito de receber o benefício. Inclusive, há alguns requisitos que devem ser atendidos para que as pessoas tenham direito ao Bolsa Família. Caso isso não aconteça, não há como receber a parcela do benefício.

Em outras palavras, o Governo Federal poderia retirar imediatamente as famílias que deixam de cumprir todos os requisitos do programa de transferência de renda. Entretanto, a Regra de Proteção do Bolsa Família garante o recebimento de 50% do valor por mais dois anos, em caso de aumento de renda que supere os R$ 218 por pessoa.

Mais de 2 milhões estão na Regra de Proteção

De acordo com o Governo Federal, 2,54 milhões de famílias estão na Regra de Proteção do Bolsa Família. Em novembro, o benefício médio do mês pago a estas famílias foi de R$ 372,52, valor bem maior que 50% da parcela mínima de R$ 600. O valor ficou bastante elevado por causa dos benefícios adicionais pagos aos usuários.

Veja abaixo quais são os benefícios adicionais do Bolsa Família:

  • Benefício Primeira Infância: desde março de 2023, o governo vem realizando o pagamento de R$ 150 por criança de até seis anos de idade.
  • Benefício Variável Familiar: assegura o pagamento de um valor adicional de R$ 50 a crianças e jovens de sete a 18 anos, bem como a gestantes e lactantes integrantes da composição familiar.
  • Benefício Variável Familiar Nutriz: em setembro, o governo começou a pagar um adicional de R$ 50 para os indivíduos das famílias que possuem até sete meses incompletos, ajudando no crescimento nutricional do bebê.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Obrigado por se cadastrar nas Push Notifications!

Quais os assuntos do seu interesse?