BC: a evolução da atividade econômica e os riscos em torno do cenário básico para a inflação

Conforme informação do BC, o Copom discutiu a evolução da atividade econômica e os riscos em torno do cenário básico para a inflação. Confira!

BC e os riscos em torno do cenário básico para a inflação

Conforme informações do BC, o cenário básico do Copom para a inflação envolve fatores de risco em ambas as direções. Por um lado, uma possível reversão, ainda que parcial, do aumento recente nos preços das commodities internacionais em moeda local produziria trajetória de inflação abaixo do cenário básico.

 Novos prolongamentos das políticas fiscais 

Por outro lado, novos prolongamentos das políticas fiscais de resposta à pandemia que pressionem a demanda agregada e piorem a trajetória fiscal podem elevar os prêmios de risco do país.

Apesar da melhora recente nos indicadores de sustentabilidade da dívida pública, o risco fiscal elevado segue criando uma assimetria altista no balanço de riscos, ou seja, com trajetórias para a inflação acima do projetado no horizonte relevante para a política monetária.

Discussão sobre a condução da política monetária

Conforme informações do BC, em relação ao ambiente internacional, observam-se dois fatores adicionais de risco para o crescimento das economias emergentes. 

Primeiro, reduções nas projeções de crescimento das economias asiáticas, refletindo a evolução da variante Delta da Covid-19. Segundo, o aperto das condições monetárias em diversas economias emergentes, em reação a surpresas inflacionárias recentes. 

 Os estímulos monetários de longa duração 

No entanto, os estímulos monetários de longa duração e a reabertura das principais economias ainda sustentam um ambiente favorável para países emergentes. O Comitê mantém a avaliação de que questionamentos dos mercados a respeito dos riscos inflacionários nas economias avançadas podem tornar o ambiente desafiador para países emergentes.

 Os membros do Copom discutiram a evolução da atividade econômica doméstica

Conforme informa o Banco Central, os membros do Copom discutiram a evolução da atividade econômica doméstica à luz dos indicadores e informações disponíveis.

Ao resultado do PIB do segundo trimestre ligeiramente melhor que o esperado, seguiram-se divulgações de alta frequência marginalmente mais negativas, ainda que evoluindo favoravelmente. 

Sendo assim, parte dessas revisões decorre de uma antecipação do crescimento esperado para alguns dos setores mais atingidos pela pandemia; outra parte deriva da menor produção industrial decorrente da manutenção de dificuldades nas cadeias de suprimentos. 

O Comitê manteve a visão de uma retomada robusta da atividade no segundo semestre, na medida em que os efeitos da vacinação sejam sentidos de forma mais abrangente. 

Projeções para 2022

De acordo com o BC, para 2022, o Copom considera que o crescimento da economia será beneficiado por três fatores. Primeiro, pela continuação da recuperação do mercado de trabalho e do setor de serviços, mesmo que em menor intensidade do que se antecipava anteriormente; segundo, pelo desempenho de setores menos ligados ao ciclo de negócios, como agropecuária e indústria extrativa; e, terceiro, por resquícios do processo de normalização da economia conforme a crise sanitária arrefece. É possível consultar as atas do Comitê de Política Monetária na íntegra, no site oficial do BCB, caso queira obter mais informações.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.