Banco Central do Brasil aponta continuidade do declínio na indústria

O Banco Central do Brasil (BCB) aponta continuidade do declínio na indústria, comparando dados anteriores, ainda de 2021. Saiba mais!

Conforme informações oficiais divulgadas pelo Banco Central do Brasil (BCB), dados de outubro da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) mostram continuidade do declínio na indústria de transformação, situando?se 3,2% abaixo do observado em fevereiro de 2020, último mês não afetado pela pandemia, e 8,5% abaixo do nível de dezembro de 2020. O recuo no mês foi disseminado entre categorias de uso. 

Banco Central do Brasil aponta continuidade do declínio na indústria

De acordo com o Relatório Oficial de Inflação, divulgado pelo Banco Central do Brasil (BCB) em 17 de dezembro, a única indústria que apresentou crescimento no mês foi a de bens de capital, devolvendo as quedas ocorridas nos dois meses anteriores.

O ligeiro recuo da indústria extrativa no terceiro trimestre, sendo assim, devolveu parte da alta pronunciada ocorrida no trimestre anterior. Já a queda em eletricidade, gás e água está relacionada ao arrefecimento do consumo de energia elétrica, decorrente de recuo na produção industrial, e à elevação da participação de geração elétrica porfontes térmicas no contexto da crise hídrica.

A recuperação da mobilidade e das interações sociais elevou o setor de serviços

O setor de serviços seguiu em trajetória de alta, com destaque para os segmentos serviços de informação, outros serviços – que engloba atividades como alojamento e alimentação e atividades artísticas e culturais – e transporte, armazenagem e correio. O Banco Central do Brasil (BCB) ressalta que os dois últimos continuam se beneficiando da recuperação da mobilidade e das interações sociais.

A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), apesar de também mostrar crescimento na média do trimestre, apresentou sinais de perda de dinamismo em setembro. Somente o grupo de serviços prestados às famílias apresentou crescimento no mês, mas ainda se encontra significativamente abaixo do período pré-pandemia.

Aumento do consumo das famílias

Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias voltou a crescer, repercutindo a continuidade da recuperação do mercado de trabalho e o provável recuo da taxa de poupança em relação ao trimestre anterior. Indicador do consumo das famílias construído a partir de dados desagregados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) e da PMS sugere, contudo, que a alta no consumo no trimestre não foi disseminada, com crescimento no consumo de serviços compensando queda no de bens.

Queda da  formação bruta de capital fixo (FBCF)

A formação bruta de capital fixo (FBCF) apresentou ligeira queda no terceiro trimestre, mas ainda se encontra em nível bastante superior ao observado no pré?pandemia. Estimativas baseadas em dados mensais indicam queda na absorção de capital no trimestre, refletindo nova redução de importações fictas no âmbito do Repetro, compensada parcialmente por alta na produção de bens de capital.

Ainda no âmbito do investimento, a construção continuou apresentando crescimento expressivo, apesar da persistência de restrições na cadeia de suprimentos e de preços elevados de insumos, segundo sondagens de empresários do setor. No período recente, indicadores mensais da atividade econômica no setor exibem sinais contraditórios.

Elevação da quantidade de trabalhadores e da massa de rendimentos na construção civil 

Enquanto a produção de insumos típicos da construção civil (ITCC) diminui desde o início do ano, indicadores do mercado de trabalho continuam em recuperação, com elevação da quantidade de trabalhadores e da massa de rendimentos no setor. Informa o Banco Central do Brasil (BCB) em documento oficial, divulgado na plataforma da instituição.

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