Auxílio Brasil: Senado aprova MP que torna valor de R$ 400 permanente

Auxílio Brasil: Senado aprova MP que torna valor de R$ 400 permanente

Projeto que muda Auxílio Brasil já foi aprovado na Câmara dos Deputados na última semana. Agora, recebe o aval do Senado

O Senado Federal aprovou na noite desta quarta-feira (4), a Medida Provisória (MP) do Auxílio Brasil. O texto prevê que os pagamentos mínimos de R$ 400 devem ser mantidos permanentemente, e não apenas até o final deste ano. A proposta já foi aprovada pela Câmara dos Deputados ainda no final da última semana.

Oficialmente, o Senado Federal tinha até o próximo dia 16 de maio para conseguir a aprovação do texto. Trata-se do prazo máximo de votação para o texto. Caso a análise ultrapassasse o limite, a MP caducaria, e o valor mínimo de R$ 400 deixaria de valer. Com a aprovação, o prazo foi oficialmente cumprido.

O texto da MP já está valendo desde o final do ano passado. Ele prevê o pagamento de um Benefício Extraordinário para todas as pessoas que recebem menos do que os R$ 400 mínimos exigidos no Auxílio Brasil. No entanto, a ideia inicial da proposta, era manter o programa neste nível apenas até o final deste ano.

A Câmara dos Deputados mudou este dispositivo e inseriu uma emenda que garante que os pagamentos mínimos de R$ 400 devem seguir para além deste prazo. Portanto, independente do Governo que comandar o país a partir do próximo ano, deverá garantir os valores mínimos para todos os usuários que fazem parte do programa.

Logo depois da aprovação no Senado, o texto foi enviado para o gabinete do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele pode sancionar ou vetar o projeto, ou uma parte dele. Todavia, a votação da base governista no Congresso indica que o chefe do executivo deve sancionar o texto já nos próximos dias.

Gastos

Também é fato que a aprovação do projeto aumentará os gastos públicos do Governo Federal a partir de 2023. Sem o Benefício Extraordinário, o poder executivo teria que desembolsar pouco mais de R$ 47 bilhões por ano para o Auxílio Brasil.

Com a aprovação da continuidade do Benefício Extraordinário, o Governo passa a ter que desembolsar também outros R$ 41 bilhões, aproximando o total de gastos para a casa dos quase R$ 90 bilhões a cada ano.

Os números preocupam alguns especialistas na área econômica. Em tese, o Governo tem espaço no orçamento para os pagamentos do Auxílio Brasil. O problema, conforme dizem os analistas, é o pouco espaço que sobra para outros gastos.

Mudanças no Auxílio Brasil

Senadores que participaram da votação da MP do Auxílio Brasil nesta quarta-feira (4), comemoram a decisão dos parlamentares. Roberto Rocha (PTB-MA), foi o relator do texto, e disse que a votação foi uma vitória.

“O país dá hoje um passo decisivo pela erradicação da extrema pobreza. Ao tornarmos permanente o benefício extraordinário, incluiremos os mais necessitados no orçamento como nunca feito antes. Estamos falando de triplicar o orçamento que o Bolsa-Família tinha”, disse ele.

O Senado Jean Paul Prates (PT-RN) votou pela aprovação, mas também fez ressalvas. “O aumento dos beneficiários sequer alcança a quantidade de novos pobres gerados na época da pandemia. A inflação na época da criação do Bolsa Família era de 4% a 5%, agora é de 10% a 12%. O projeto era feito com data para terminar na eleição. Nenhuma preocupação com sensibilidade social espontânea”, disse ele.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Obrigado por se cadastrar nas Push Notifications!

Quais os assuntos do seu interesse?