Auxílio Brasil: Quase metade dos brasileiros consideram errôneo o aumento do benefício

A Medida Provisória (MP) do Auxílio Brasil já foi enviada para o Congresso e com isso, o governo Bolsonaro espera a aprovação do programa a partir do próximo mês. Ele será em um formato bem semelhante ao Bolsa Família, por isso é considerado o substituto do benefício.

De acordo com o estudo realizado pela Genial Investimentos sobre o Auxílio Brasil, 44% da população brasileira considera um erro o Governo Federal aumentar o valor da parcela paga pelo programa para R$ 400,00. Outros 42% dos entrevistados disseram que essa é uma decisão correta e 13% não souberam ou não responderam.

A pesquisa mostra ainda que, entre os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a maioria (59%) apoia a ideia do Planalto sobre aumentar o valor das parcelas do benefício. Nesse mesmo grupo, 28% acham a decisão errada e 13% não sabem ou não responderam.

Em contrapartida, entre os que se declararam contrários ao governo Bolsonaro o resultado é inverso, já que 57% dizem que o presidente está tomando uma decisão errada, 32% consideram o programa o caminho correto e 11% não sabem ou não responderam.

Auxílio Brasil: Como e quando vai entrar em funcionamento

O desejo de Jair Bolsonaro é de dar início ao Auxílio Brasil já no mês que vem, porém, a equação para o colocar o novo programa social de pé não é tão simples. Sem recursos em caixa atualmente, o governo já decidiu aumentar o IOF para bancar o Auxílio Brasil neste ano.

Para 2022, o Congresso precisa aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios para abrir espaço no teto de gastos do governo e assim conseguir bancar o Auxílio Brasil. Além disso, na estratégia traçada pelo governo, os recursos para pagar o programa virão com a aprovação da reforma do Imposto de Renda.

O Bolsa Família será revogado quando o Auxílio Brasil começar a funcionar, mas não serão muito diferentes. As principais alterações serão em relação ao valor, já que a equipe econômica do governo defende elevar o benefício dos atuais R$ 189 pagos pelo Bolsa Família para cerca de R$ 300.

Segundo o blog do Valdo Cruz, no entanto, o governo deve anunciar um valor de R$ 400 para o benefício, motivo da pesquisa realizada pela Genial Investimentos. Outra diferença é que atualmente, o Bolsa Família atende 14,6 milhões de famílias. A estimativa do governo é ampliar para 17 milhões o número de famílias beneficiadas pelo novo programa.

Como a pesquisa foi feita

A pesquisa contou com a participação de 1.038 pessoas, todas com 16 anos ou mais, e foi realizada entre os dias 23 e 24 de outubro por meio de questionário face a face virtual. A margem de erro da pesquisa é de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiabilidade da pesquisa é de 95%.

No aspecto de faixa etária, o principal grupo ouvido foi o de pessoas com entre 45 e 59 anos (24%), seguido pelas pessoas com 60 anos ou mais (21%). Os grupos de 25 a 34 anos e 35 a 44 anos aparecem depois, com 19% cada. Já os jovens de 16 a 24 anos representam os 17% restantes dos entrevistados.

Em relação ao nível de escolaridade dos participantes da pesquisa, 42% disseram ter até o ensino fundamental, 37% declararam ter ensino médio completo ou incompleto e 21% ensino superior incompleto ou mais. Já na renda mensal, 39% dos entrevistados recebem de dois a cinco salários mínimos; 36% até dois salários; e 25% mais de cinco salários.

O estudo mediu ainda de que forma o Auxílio Brasil pode influenciar na decisão eleitoraldo ano que vem. Sendo que 54% dos entrevistados responderam que a decisão de o governo lançar o programa diminui as chances de votar em Bolsonaro; 25% disseram que aumenta a probabilidade de voto e 20% não souberam ou não responderam.

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