Auxílio Brasil de R$ 600 está no Orçamento de 2023? - Notícias Concursos

Auxílio Brasil de R$ 600 está no Orçamento de 2023?

Além do programa de renda, governo eleito se organiza para adicionar outros benefícios no orçamento.

Depois da eleição de Lula como presidente para 2023, o governo organiza o orçamento para Auxílio Brasil de R$ 600 e outras medidas.

Assim, membros do novo governo realizaram uma proposta ao relator do Orçamento do próximo ano, senador Marcelo Castro. Trata-se de apresentação de uma nova PEC, a PEC da Transição, que teria a função de acomodar despesas inadiáveis para nova gestão.

Isto é, como, por exemplo, o pagamento da parcela de R$ 600 do Auxílio Brasil, que deverá a voltar a se chamar Bolsa Família. 

O senador detalhou que a proposta passará por análise do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco. 

“A ideia é aprovarmos uma PEC em caráter emergencial, de transição deste governo para o próximo, tirando do teto de gastos algumas despesas que são inadiáveis como, por exemplo, o Bolsa Família no valor de R$ 600”, declarou Castro. 

Veja também: Guedes promete ajudar em transição do programa

Além disso, na última quinta-feira, dia 03 de novembro, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, comentou sobre a necessidade de não deixar que obras sejam interrompidas. Portanto, ele indica que deve se encontrar nos próximos dias com o presidente da Comissão Mista do Orçamento, deputado Celso Sabino. 

“Esta é uma preocupação: garantir recursos para não ter interrupção de serviços públicos ou paralisação de obras públicas. Isso não está adequado no Orçamento enviado para o Congresso Nacional”, pontuou o vice-presidente.

Como ficará Salário-mínimo e Imposto de Renda?

Outras despesas, para além do Auxílio Brasil, que a nova gestão considera como inadiáveis são:

  • O aumento real do valor do salário-mínimo em cerca de 1,3% acima do índice da inflação.
  • Merenda escolar.
  • Habitação no programa que voltará a ser Minha Casa, Minha Vida.
  • Recursos para a Farmácia Popular. 

Assim, de acordo com o parlamentar Enio Verri, a tabela de correção para o Imposto de Renda para cidadãos que ganham mais de R$ 5 mil deve acabar ficando para depois, em razão do pouco tempo para se discutir o tema. 

É importante lembrar, contudo, que alterações no IR estão sempre sujeitas ao princípio da anterioridade. Portanto, necessitam de ter aprovação com antecedência à sua vigência. 

Ademais, segundo o deputado, ainda faltam cerca de R$ 15 bilhões ao Ministério da Saúde para cumprir a quantia mínima constitucional. 

Antes do encontro com a equipe de transição se iniciar, o senador Marcelo Castro comentou sobre o custo do Auxílio Brasil para o próximo ano. Nesse sentido, o valor de R$ 600 e o valor extra de R$ 150 a cada filho menor de 06 anos teriam um custo de R$ 70 bilhões.

No entanto, o debate sobre os valores só deverá ocorrer no próximo encontro da equipe, ou seja, na próxima terça-feira, 08 de novembro.

Veja também: LULA deve trocar o nome do Auxílio Brasil a partir de 2023

De acordo com a equipe política, então, a PEC da transição tratará de políticas sociais que poderão ser custeadas fora do teto de gastos.

O deputado Paulo Pimenta, no entanto, comentou que a alteração das emendas de relator do processo orçamentário ainda não foi alvo de discussão. Para ele, ainda existe espaço para realizar uma negociação.

Como será a transição?

Para garantir algumas promessas de campanha, como o Auxílio Brasil, o presidente eleito se organiza para ter o orçamento necessário.

“É fundamental reafirmar que buscaremos uma transição que priorize a preservação dos direitos da população e evite qualquer descontinuidade. Temos uma experiência muito positiva em 2002, na transição da gestão Fernando Henrique Cardoso, e esperamos que se dê nos mesmos moldes, pautada pelo interesse do povo”, frisou Tereza Campello, que já foi ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome em governos petistas.

Contudo, o senador Marcelo Castro indica que não existe previsão no Orçamento para cobrir todos estes gastos. 

O parlamentar espera que a equipe de transição de Lula, com liderança de Geraldo Alckmin, consiga sanar este problema. Então, a solução deve se encaminhar o mais rápido possível para que a Lei Orçamentária tenha aprovação até o fim deste ano. 

Nesse sentido, já há outra reunião marcada em Brasília do vice-presidente com o ministro chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira. Isto é, que ficará responsável por comandar a transição por parte da atual gestão, conforme regulamenta a legislação sobre a troca de governos. 

Desse modo, a Casa Civil deverá editar um ato que instala de forma oficial o processo e nomeação da equipe de transição do presidente Lula.

Os membros do grupo já vêm sendo definidos por Geral Alckmin e Gleisi Hoffmann, que ficará responsável por dialogar com os partidos da aliança do segundo turno das eleições. 

Espera-se, assim, que um dos partidos seja o MDB, da senadora Simone Tebet. O atual presidente do partido, Balei Rossi, já conversou com Hoffmann, que solicitou a indicação de nomes para a equipe de transição. 

O parlamentar deve, então, consultar as bancadas da Câmara e do Senado a fim de indicar um ou dois membros para o grupo.

Centrão não irá se opor ao Auxílio Brasil de R$ 600

Para manter o valor de R$ 600, nova gestão deve contar com o apoio do Congresso Nacional.

Nesse sentido, os principais líderes do chamado “Centrão” já indicam que não devem se opor à aprovação do Auxílio Brasil de R$ 600 para o próximo ano. 

Esta posição se dá em razão de temor sobre a reação da população brasileira. De acordo como eles, então, não haveria como explicar a redução no valor do benefício para R$ 405 ao eleitorado. Isto é, valor este que está atualmente no Orçamento do próximo ano, já que o aumento para R$ 600 era temporário e se encerraria em dezembro deste ano.

“Se aprovamos a PEC eleitoral para aumentar o benefício para esse ano, não há condições políticas para tirar esse valor em 2023. Ficaria muito ruim até mesmo para o presidente Bolsonaro, que prometeu a manutenção de R$ 600 para o Auxílio”, declarou um parlamentar membro do grupo. 

Veja também: Valor de R$600 é prioridade para governo Lula

Apesar da criação de um acordo em volta da PEC da transição, o PT já admite que o maior desafio do governo será derrubar o teto de gastos no próximo ano, já com um novo Congresso.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Obrigado por se cadastrar nas Push Notifications!

Quais os assuntos do seu interesse?