Após semanas de alta, preço do combustível se estabiliza nos postos, segundo ANP
Após seis meses de alta, o preço do combustível no país registrou estabilidade nos postos. A informação é segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Nesse contexto, o preço médio da gasolina ficou em R$ 6,752, um décimo de centavo a menos do que na semana anterior. Enquanto o preço do diesel se manteve em R$ 5,356.
O levantamento foi realizado em mais de 3,6 mil postos de combustíveis, por todos os estados brasileiros, entre os dias 14 e 20 de novembro. Ao longo do ano, o preço médio da gasolina superou R$ 7 em oito estados, a alta registrada é de 49%. O estado do Rio de Janeiro é onde foi registrado o maior valor, R$ 7,30. Já em São Paulo, o combustível sai a R$ 6,406.
Desse modo, a variação do preço do combustível entre São Paulo e Rio de Janeiro é de quase 14%. Contextualizando, esses valores são as médias estaduais, no entanto é possível encontrar variações maiores: o menor preço registrado para a gasolina foi encontrado em São Paulo: R$ 5,299. Já no Rio Grande do Sul, alcança até R$ 7,999, seguido pelo Rio de Janeiro, com R$ 7,959.
Outras informações sobre preço do combustível
Outro combustível que sofreu aumento nos postos foi o diesel, o produto utilizado para abastecer caminhões e ônibus apresenta custo médio de R$ 5,356. Sendo assim, a variação chega a 47% desde o início do ano. Entre os estados, a variação do preço é de R$ 5,093 a R$ 6,492, uma diferença de 27,4%.
Além disso, segundo o Serviço de Levantamento de Preços (SLP) da ANP, apenas a gasolina comum se manteve estável. Nesse sentido, a gasolina aditivada parte para a quarta semana seguida de alta no preço, ficando em média a R$ 6,909. Em postos do Rio de Janeiro, o litro do insumo sai em média a R$ 7,458.
Ademais, o levantamento mostra ainda os preços do gás liquefeito de petróleo (GLP), o conhecido gás de cozinha. Desse modo, o modelo de botijão de gás de 13 quilos apresentou custo médio de R$ 102,27, um recuo sutil em relação ao levantamento anterior: R$ 102,56. Porém, o preço do combustível doméstico continua acima dos R$ 100.
Motivos para a alta nos preços
A principal motivação para os aumentos recentes no preço do combustível é a desvalorização do real. Nesse sentido, até segunda-feira (22), o dólar, moeda à qual o petróleo é atrelado e, portanto, matéria prima para a maioria dos combustíveis, acumulava alta de 7,82% sobre o real este ano.
O que dá força a esse movimento de perda de valor da moeda brasileira, perante ao dólar, são as incertezas dos investidores em relação ao rumo da política econômica do governo do presidente Jair Bolsonaro. Desse modo, essas incertezas fazem que investimentos da moeda estrangeira saiam do país, o que, consequentemente, aumenta o preço do combustível que é repassado à população.