Alta dos juros impulsiona a venda de consórcios

Alta dos juros impulsiona a venda de consórcios

Com o último aumento da Selic, que foi fixada a 11,75% ao ano pelo Banco Central, a maior parte dos brasileiros deixou de ter acesso ao crédito para a tão sonhada moradia em virtude da alta dos juros. Atualmente, o consórcio vem surgindo como uma alternativa, porém é importante ficar atento em relação às condições e aos custos.

Após o reajuste da taxa Selic, os bancos também definiram um reajuste das taxas de linhas de crédito e juros, o que aumentou ainda mais o custo para a aquisição de bens e serviços.

Logo no exemplo do crédito imobiliário, os juros médios dos contratos registraram um salto de 6,7% no mês de maio de 2021 e em janeiro deste ano com um pulo ainda maior, de 9,4%. Houveram alterações em relação às taxas de financiamento de veículos que eram de 18,5% em setembro de 2020 e que no início de 2022 saltou para 27%.

Além de mais caros, alta dos juros tornou os financiamentos quase inacessíveis

Neste momento, solicitar e conseguir um financiamento ficou ainda mais difícil no Brasil, com esta conjuntura que a taxa Selic atingiu. Isso significa que quem ainda tem a condição de contratar uma linha de crédito, terá de aceitar as condições de pagar ainda mais caro para ter esse financiamento ou então esperar por novos períodos de quedas dos juros.

O cenário que deverá se instaurar não é nada animador. De acordo com as estimativas dos principais economistas do mercado brasileiro, a expectativa é de que a taxa Selic possa saltar para até 13% ainda neste ano, o que acabaria pressionando ainda mais a possibilidade de se obter uma linha de crédito.

Já no caso do setor de consórcios, isso não é visto necessariamente como a pior das notícias. A venda de novas cotas cresceu até 15% no ano de 2021 e esse avanço, em partes, acabou sendo influenciado pela subida dos juros imposta pelo Banco Central.

Desempenho dos consórcios em 2022 pode ser até melhor do que 2021

Existe uma grande expectativa do setor de consórcios em obter um salto ainda mais relevante neste ano do que se deu em 2021. Apesar das projeções indicarem que a inflação pode cair para 7% neste ano, o consumidor seguirá estando bem mais cauteloso antes de tomar a decisão de adquirir um bem.

Como resultado, o número total de novas adesões em 2021 chegou a 3,4 milhões. Esse inclusive foi o melhor desempenho do setor de consórcios dos últimos 10 anos, que ao longo desse período está apresentando significativas melhoras, sempre destacando que os consórcios não pertencem ao modelo de financiamento tradicional oferecido por bancos.

Essa comodidade por se obter dinheiro acaba resultando em um grande custo: os juros. Em relação ao caso do consórcio, depois que se efetua o modelo de contrato é preciso arcar com a taxa de administração e dos reajustes de inflação que acontecem mensalmente. Os consórcios de veículos sempre vão se adequar ao IPCA.

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