A dinâmica do comércio mundial e o impacto oriundo das crises econômicas
O Banco Central informa sobre como a dinâmica do comércio mundial sofre o impacto oriundo das crises econômicas. Entenda melhor!
Conforme informações oficiais do Banco Central do Brasil (BCB), alguns fatores são determinantes para os fluxos de comércio internacional. Confira pontos relevantes apontados pelo Banco Central do Brasil (BCB).
A dinâmica do comércio mundial e o impacto oriundo das crises econômicas
O período de recuperação dos impactos econômicos causados pela pandemia de Covid 19 tem sido marcado por aceleração no comércio global, informa o Banco Central do Brasil (BCB). Mudanças nos hábitos dos consumidores, aliadas à aceleração de tendências pré-existentes, como transição energética, automação e digitalização de negócios, ampliaram a demanda por bens nesse período.
Como a produção em diversos setores está inserida em cadeias globais de fornecimento, o comércio global se beneficiou. Sendo assim, são pontos pertinentes para a identificação dos fatores determinantes para a dinâmica do comércio mundial, de forma a possibilitar avaliar a sustentabilidade dos movimentos observados no período recente, assim como seu balanço de riscos.
As aberturas comercial e financeira se retroalimentam
De acordo com o Banco Central do Brasil (BCB), as aberturas comercial e financeira se retroalimentam. Com a liberação das contas comerciais e financeiras nos últimos 30 anos, aumentou o grau de interação entre os fluxos de bens e de capitais.
Esses fluxos cresceram em relevância para o produto interno dos países e contribuíram para reduzir a volatilidade dos ciclos econômicos domésticos, informa o Banco Central do Brasil (BCB).
Fatores estruturais
Alguns fatores estruturais, que se alteram muito lentamente, afetam a capacidade de países terem presença mais ou menos relevante no comércio global, conforme Constantinescu et al. (2015).
Dentre esses fatores, pode-se citar o grau de abertura e inserção internacional, a diversidade das pautas comerciais, as diferenças de produtividade e de rigidez no setor real, a sofisticação e profundidade do setor financeiro, e o grau de conversibilidade das moedas.
Tais fatores podem interagir com ciclos econômicos, promovendo padrões de respostas distintas a choques tanto do lado financeiro (via fluxos de capital e prêmio de risco) quanto do lado real (via comércio de bens e serviços). Portanto, por um lado há fatores estruturais, e por outro, os choques setoriais temporários de preços e de oferta.
Dados e modelagem econométrica
Para essa análise, o Banco Central do Brasil (BCB) utiliza como objeto do estudo séries de volume de exportações e importações de bens, agregadas por grandes blocos econômicos: Zona do Euro, Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Ásia avançada excluindo Japão, outras economias avançadas, China, Ásia emergente excluindo China, Europa Oriental & CEI2, América Latina, África e Oriente Médio. A amostra trimestral inicia em 2000 e termina no terceiro trimestre de 2021, informa a instituição em divulgação oficial.
O período da amostra contém dois grandes movimentos depressivos, sincronizados com a crise financeira global (GFC) entre 2008 e 2009 e com a pandemia de Covid 19 em 2020 e 2021. O segundo movimento revelou-se ainda mais agudo que o primeiro, define o Banco Central do Brasil (BCB), em documento divulgado em sua plataforma oficial.