73% dos brasileiros “stalkeiam” potenciais parceiros de apps de namoro

73% dos brasileiros “stalkeiam” potenciais parceiros de apps de namoro

Pesquisa da Norton aponta ainda que parte dos brasileiros verificam antecedentes criminais após "darem match" com pessoas em aplicativos de relacionamento

A NortonLifeLock , fornecedora de soluções de cibersegurança, divulgou os resultados de um estudo global sobre comportamento de usuários em apps de namoro. No Brasil, 73% das 1 mil pessoas entrevistadas admitiu já ter pesquisado sobre uma pessoa após o match. O mais comum (52% das respostas) é que elas procurem pelo perfil em redes sociais ou busquem o nome em sites de busca (27%).

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O foco da pesquisa foi no online creeping – termo utilizado para descrever a busca online por informações pessoais de alguém sem consentimento – e foi conduzida pela consultoria The Harris Poll. Segundo ela, é natural que as pessoas realizem uma pesquisa simples sobre o potencial parceiro.

Entretanto mais de um quarto (26%) dos entrevistados admitem ter checado também os perfis de amigos e familiares do match e 25% afirmam ter olhado também redes sociais profissionais. Além disso, um dado que chama atenção é que 7% das pessoas afirmam já ter pagado alguém para realizar uma “checagem de antecedentes” do potencial parceiro. 

Para a NortonLifeLock, é normal que a maioria das pessoas faça alguma forma de verificação antes de conhecer alguém pela primeira vez após o match no aplicativo. No entanto, algumas pessoas estão levando essa checagem a um outro nível, o que pode cruzar a linha da segurança pessoal e entrar na esfera de online creeping e cyberstalking, considerando o acesso a informações pessoais permitido em aplicativos de relacionamento. O receio é de que os dados pessoais atualizados constantemente nas plataformas tornam as pessoas vulneráveis caso caiam em mãos erradas. 

Investigações também continuam depois do date 

A pesquisa também apontou que o “online creeping” não acontece só nos apps de namoro. Mais da metade dos brasileiros (54%) que está ou já esteve em um relacionamento amoroso admite que já investigou as redes de seus companheiros sem seu conhecimento ou consentimento. As formas mais comuns de investigação são checar o celular do parceiro à procura de mensagens, chamadas, e-mails e fotos (27%) e olhar o histórico de busca nos aparelhos eletrônicos do parceiro (24%).

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Outro problema são os perfis falsos (os fakes) criados para olhar as redes sociais do parceiro. Entre os entrevistados que estão ou já estiveram em um relacionamento amoroso, 14% já fizeram algo parecido. 

Já 11% dos brasileiros admitem ter usado a senha do companheiro para acessar suas redes sociais sem consentimento e até mesmo rastreado a localização do parceiro usando apps específicos (11%). Cerca de 8% admite usar ou já ter usado “Stalkerware” ou “Creepware” (apps feitos especificamente para monitorar, em segredo, as mensagens, chamadas e emails de outra pessoa). 

Entre aqueles que investigaram parceiros, cerca de 38% dizem que o fizeram porque acreditavam que o parceiro estava escondendo algo ou fazendo algo errado. Quase um terço das pessoas queria descobrir com quem seus parceiros estavam (29%) ou o que estavam fazendo (27%). Cerca de 18% afirmam ter descoberto que o parceiro o estava investigando e decidiu fazer a mesma coisa.

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Outros dados da pesquisa 

  • Mais informação e menos interação: Mais da metade dos adultos brasileiros que usaram um aplicativo ou site de namoro (59%) dizem que cancelaram o match depois de descobrir novas informações sobre a pessoa, geralmente mentiras sobre seus dados pessoais como idade, altura, localização, entre outros (31%), ou depois de encontrar fotos online que não se alinhavam com seu perfil antes visto no site ou app (21%). 
  • Situações embaraçosas: brasileiros de 18 a 39 anos são mais propensos ao deep-like, situação em que acidentalmente curtem uma postagem ou foto antiga em redes sociais (49%), seja no perfil de um interesse romântico (39%) ou de um ex-namorado de seu parceiro (28%) 
  • Gerações mais jovens estão mais inclinadas a praticar cyberstalking: 29% das pessoas de gerações mais jovens, com idade entre 18 e 39 anos, dizem que estariam mais inclinadas a stalkear um parceiro ou ex-parceiro online se tivessem certeza de que não seriam descobertas; entre pessoas com mais de 40 anos, apenas 21% afirmam ter essa mesma inclinação 
  • As pessoas estão mais alertas, mas ainda há espaço para melhorias: três em cada dez adultos que já usaram sites ou apps de namoro (30%) dizem que usaram algo diferente do nome completo nessas plataformas. Ainda, apenas 20% dos entrevistados afirmam já ter compartilhado sua localização com um amigo ou membro da família antes de se encontrar pessoalmente com alguém que conheceu online.
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