Voa Brasil: novo golpe preocupa e governo decide agir

Programa Voa Brasil ainda não foi oficialmente lançado, mas criminosos já estão aplicando golpes em redes sociais

O programa Voa Brasil, que pretende garantir passagens aéreas a R$ 200 para certos grupos de brasileiros ainda não foi lançado oficialmente pelo governo federal. Mas isso não parece ser problema para os golpistas. De acordo com informações do jornal Folha de São Paulo, alguns criminosos estão usando o nome do projeto para roubar dados e dinheiro de pessoas inocentes.

O esquema em questão está usando o nome do Voa Brasil para direcionar os interessados nas passagens para sites fraudulentos nas redes sociais. Estes links estão sendo divulgados em sites, e estão sendo patrocinados por mecanismos de busca na internet.

Como funciona o golpe

O primeiro passo dos criminosos é tentar convencer a vítima da ideia de que o programa já foi liberado, o que não  é verdade. Quem acredita na mentira, acaba clicando no site, e é direcionado para um chat. Neste momento, ele precisa realizar um cadastro, onde insere dados como nome completo e CPF, por exemplo.

Logo depois, o portal indica que a pessoa está apta a participar do Voa Brasil, o que certamente deixa a vítima ainda mais animada. “Os contemplados do programa vão ter direito a quatro passagens áreas por ano pagando apenas R$ 200, com ida e volta. Lembrando que você só precisará renovar a adesão ao programa de cinco em cinco anos”, diz o comunicado falso.

A partir deste momento, os golpistas conseguem roubar o dinheiro das vítimas.

Voa Brasil: novo golpe preocupa e governo decide agir
Este é o site falso que está sendo usado por golpistas. Imagem: Reprodução

A reação do governo

Diante de todo este cenário, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão ligado ao Ministério da Justiça, decidiu agir. De acordo com as informações oficiais, a Secretaria pediu para que o Facebook e o Google removam imediatamente das suas plataformas os anúncios golpistas sobre o programa Voa Brasil.

A Senacon disse que todo o conteúdo deve ser excluído, sob pena de multa e até mesmo de instauração de um processo administrativo. A solicitação, aliás, foi oficialmente publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta quarta-feira (1).

“Mais uma vez, golpes e fraudes aos consumidores são realizados por meio das plataformas digitais. Tornando ainda mais grave a situação, o conteúdo golpista e fraudulento não é veiculado, simplesmente, por terceiros, mas impulsionado pelas plataformas mediante publicidade paga, o que se reverte em remuneração para as provedoras de conteúdo”, diz o despacho publicado no DOU.

Ampliação do Voa Brasil

Em entrevista recente, o novo ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, confirmou que vai seguir com o projeto Voa Brasil, idealizado pelo seu antecessor, Márcio França. Para além disso, ele disse que vai tentar aumentar o público alvo que poderá ser atendido pelo projeto de barateamento das passagens, e incluir também os estudantes bolsistas do Prouni.

“Estamos vendo se é possível acrescentar alunos do Prouni, que muitas vezes querem fazer um concurso público em outros estados e não têm como pagar”, falou Costa Filho. A nova proposta ainda não chegou à Casa Civil, segundo informações de bastidores colhidas pelo portal R7.

O Prouni é um programa gerido pelo Ministério da Educação, e que oferece bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação em instituições de ensino privadas. Tais alunos também podem usar estas bolsas para participar de sequenciais de formação específica, também em instituições particulares.

Vale lembrar que inicialmente o plano era fazer com que este programa atendesse apenas os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 

Quando o Voa Brasil começa

Seja como for, o que se sabe é que o Voa Brasil ainda não foi liberado. Nesta quarta-feira (1), o governo federal lançou uma nota esclarecendo o assunto.

“O Voa Brasil ainda está em ajuste final, motivo pelo qual ainda não existem regras definidas para participação no referido programa”, disse a nota. “Deste modo, alertamos que não estamos realizando cadastro e nem solicitando valores para inclusão no programa.”

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