Para manter o poder de compra de seus beneficiários, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) vai reajustar o pagamento de seus benefícios. Na prática, quem recebe o abono base terá uma correção equivalente a R$ 1.302, conforme o novo salário mínimo.
Já quem tem direito a um benefício maior que o piso nacional terá um reajuste de 5,93%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2022. O teto da autarquia também será alterado, passando de R$ 7.087,22 para R$ 7.507,49.
Contribuição ao INSS
Com a alteração do salário mínimo e inflação, a tabela de contribuição ao INSS também foi atualizada. Veja como ficou:
Salário de contribuição ( R$) | Contribuição (R$) | Alíquota (%) |
1.302 | 97,65 | 7,5 |
1.400 | 106,47 | 7,61 |
1.500 | 115,47 | 7,7 |
1.600 | 124,47 | 7,78 |
1.700 | 133,47 | 7,85 |
1.800 | 142,47 | 7,92 |
1.900 | 151,47 | 7,97 |
2.000 | 160,47 | 8,02 |
2.100 | 169,47 | 8,07 |
2.200 | 178,47 | 8,11 |
2.300 | 187,47 | 8,15 |
2.400 | 196,47 | 8,19 |
2.500 | 205,47 | 8,22 |
2.600 | 215,33 | 8,28 |
2.700 | 227,33 | 8,42 |
2.800 | 239,33 | 8,55 |
2.900 | 251,33 | 8,67 |
3.000 | 263,33 | 8,78 |
3.100 | 275,33 | 8,88 |
3.200 | 287,33 | 8,98 |
3.300 | 299,33 | 9,07 |
3.400 | 311,33 | 9,16 |
3.500 | 323,33 | 9,24 |
3.600 | 335,33 | 9,31 |
3.700 | 347,33 | 9,39 |
3.800 | 359,33 | 9,46 |
3.900 | 372,19 | 9,54 |
4.000 | 386,19 | 9,65 |
4.100 | 400,19 | 9,76 |
4.200 | 414,19 | 9,86 |
4.300 | 428,19 | 9,96 |
4.400 | 442,19 | 10,05 |
4.500 | 456,19 | 10,14 |
4.600 | 470,19 | 10,22 |
4.700 | 484,19 | 10,3 |
4.800 | 498,19 | 10,38 |
4.900 | 512,19 | 10,45 |
5.000 | 526,19 | 10,52 |
5.100 | 540,19 | 10,59 |
5.200 | 554,19 | 10,66 |
5.300 | 568,19 | 10,72 |
5.400 | 582,19 | 10,78 |
5.500 | 596,19 | 10,84 |
5.600 | 610,19 | 10,9 |
5.700 | 624,19 | 10,95 |
5.800 | 638,19 | 11 |
5.900 | 652,19 | 11,05 |
6.000 | 666,19 | 11,1 |
6.100 | 680,19 | 11,15 |
6.200 | 694,19 | 11,2 |
6.300 | 708,19 | 11,24 |
6.400 | 722,19 | 11,28 |
6.500 | 736,19 | 11,33 |
6.600 | 750,19 | 11,37 |
6.700 | 764,19 | 11,41 |
6.800 | 778,19 | 11,44 |
6.900 | 792,19 | 11,48 |
7.000 | 806,19 | 11,52 |
7.100 | 820,19 | 11,55 |
7.200 | 834,19 | 11,59 |
7.300 | 848,19 | 11,62 |
7.400 | 862,19 | 11,65 |
7.500 | 876,19 | 11,68 |
7.507,49 | 877,24 | 11,68 |
Vale lembrar que a contribuição é descontada diretamente do salário do trabalhador formal. Desde 2019, com a reforma da Previdência, o cálculo da contribuição é progressivo, variando de 7,5% a 14%, de acordo com a faixa de salário.
Reajuste no salário mínimo
Ainda há muitas discussões sobre o valor do novo salário mínimo de 2023. Embora o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tenha prometido durante sua campanha eleitoral um piso nacional de R$ 1.320, sua equipe econômica sinalizou que a remuneração deve ficar em R$ 1.302, conforme a proposta do ex-presidente Bolsonaro.
Espera-se que a definição do novo salário mínimo seja divulgada ainda esta semana. Contudo, as informações indicam que o valor fique realmente em R$ 1.302. Também há discussões para que a mudança seja efetivada no Dia do Trabalhador, 1º de maio. De todo modo, é necessário aguardar as próximas reuniões.
Logo após a posse de Lula, sua equipe econômica refez os cálculos para simular o aumento do salário mínimo para R$ 1.320, representando uma alta de 3%. O custo seria entre R$ 7 bi e R$ 14 bilhões, muito além da quantia prevista no Orçamento de 2023 para gastar com o piso nacional, de R$ 6 bilhões.
A análise também indicou que o número de beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) era maior que o previsto pela equipe de transição, o que aumentaria ainda mais os custos, considerando que o salário mínimo é a base de cálculo para reajustar o valor dos benefícios previdenciários.
Embora outras soluções tenham sido apresentadas, como trazer o segundo aumento, para R$ 1.320, apenas em maio, venceu a proposta de manter o valor em R$ 1.302, indicada ainda na gestão Bolsonaro pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. O valor traz aumento real de quase 1,5% aos brasileiros.