Vendas globais de smartphones aumentaram 10,8% no segundo trimestre de 2021

Xiaomi subiu para a segunda posição no ranking, enquanto a Apple caiu para a terceira

As vendas globais de smartphones para consumidores finais totalizaram 328,8 milhões de unidades no segundo trimestre de 2021, o que representa um aumento de 10,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados são de uma pesquisa do Gartner, uma das principais consultorias do mercado de tecnologia. Os analistas do Gartner destacam que as restrições geradas por causa de covid-19 e da escassez de componentes foram desafios, mas não restringiram o crescimento do setor.

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Eles explicam que a nova onda de covid-19 que diversos países enfrentaram em 2021, incluindo o Brasil, afetaram negativamente as vendas de smartphones no segundo trimestre. O destaque foram os fechamentos de fábricas na Índia e no Vietnã, além das restrições ao varejo físico em diferentes locais do mundo. Tudo isso, somado às fortes vendas no início de 2021, fizeram com que o crescimento do segundo trimestre não fosse ainda melhor. 

O que puxou os bons resultados foram as regiões com maior rede e conectividade 5G, que viram uma forte demanda por smartphones com acesso à novidade e foram impulsionadores de crescimento para os principais fornecedores do mercado. 

Outro fator de compra foram as especificações mais altas. Segundo a pesquisa, os consumidores queriam uma melhor experiência de usuário e trocaram de smartphones. “A demanda reprimida de 2020 continua a gerar vantagem para os fornecedores mundiais de smartphones em 2021”, aponta o relatório. 

Samsung lidera ranking

Quem lidera o ranking global de vendas é a Samsung, que expandiu suas linhas de smartphones 5G de entrada e de preços intermediários para atender novas oportunidades de crescimento no segmento de 5G no segundo trimestre de 2021. Com essa estratégia, a empresa conseguiu manter a primeira posição entre os cinco maiores fornecedores globais de smartphones, embora seu crescimento anual tenha desacelerado devido a restrições de fornecimento e pelas interrupções que teve na produção. 

Ranking global de vendas de smartphones para usuários finais por fabricantes no segundo trimestre de 2021 (em milhões de unidades) 
Fabricante  Unidades no 2T21  Participação de Mercado 2T21 (%)  Unidades no 2T20  Participação de Mercado 2T20 (%)  
Samsung  57,7  17,6  54,7  18,4  
Xiaomi  51  15,5  28,2  9,5  
Apple  49,2  15,0  38,3  12,9  
OPPO  33,6  10,2  23,6  8,0  
Vivo  32,2  9,8  22,7  7,7  
Outros  104,9  31,9  129,1  43,5  
Total  328,8  100  296,9  100 

Devido a arredondamentos, alguns números podem não somar aos totais apresentados. Fonte: Gartner (Setembro de 2021). 

Quem vem conquistando mercado e se tornando uma ameaça à Samsung é a Xiaomi, que conseguiu ultrapassar a Apple no segundo trimestre. É a primeira vez que a fabricante chinesa Xiaomi alcança a segunda posição no ranking da Gartner (estudo de outra consultoria também posicionou a empresa na vice-liderança no segundo trimestre deste ano). 

A Xiaomi registrou um crescimento de 80,5% em suas vendas de smartphones devido a uma presença online mais forte e à rápida expansão nos mercados globais além da Ásia-Pacífico, liderada por investimentos em canais de varejo e parcerias com fornecedores de serviços de comunicação (CSPs). 

Apple aumenta vendas, mas não o suficiente

As vendas globais de smartphones da Apple cresceram 28,3% e sua participação de mercado aumentou 2,1% ao ano, de acordo com dados do Gartner. Isso ocorreu por causa de uma agressiva promoção de vendas da Apple para seus smartphones iPhone 11 e iPhone SE, lançados em 2020, uma estratégia que aumentou seu crescimento no segmento sensível a preços.   

O ranking é seguido pelos fornecedores chineses de smartphones Oppo e Vivo, que cresceram 42,4% e 41,6%, respectivamente, no segundo trimestre de 2021. A primeira marca apostou em smartphones intermediários com preços agressivos, uma rede de distribuição mais ampla e campanhas de marketing robustas na Europa Ocidental, que impulsionaram seu crescimento. Já a Vivo (que nada tem a ver com a operadora brasileira) continua a expandir sua presença no mercado da Ásia-Pacífico, começando a ampliar suas ações com foco na Europa, Oriente Médio e África.

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