A educação financeira é um processo de compreensão econômica da vida cotidiana. Portanto, se torna extremamente necessária para a estabilidade de um negócio. Por isso, é fundamental que um empreendedor tenha capacidade de separar as suas finanças pessoais daquelas direcionadas para gastos empresariais.
A mistura de ambos, pode gerar um descontrole financeiro. Como consequências graves, um possível endividamento da empresa com cheques e empréstimos consequentes do gasto excessivo. Além disso, essa associação de bens pode promover repercussões legais e tributárias para o empresário. Visto que a caracterização da Pessoa Jurídica depende de vários critérios primordiais e, entre eles, está a posse de bens exclusivamente administrativos.
Assim, o patrimônio pessoal do empreendedor pode ser alvo de prejuízos. Ainda, pode ocorrer complicações no momento da declaração do Imposto de Renda de Pessoa Física.
Como separar as finanças pessoais e as da empresa?
A organização financeira, então, é um assunto bem complexo e que exige prática para que sua aplicação possa ser feita corretamente durante a rotina diária. Dessa forma, é importante sempre manter uma prioridade para as contas da empresa ou para o capital de giro necessário.
Com isso, selecionamos 5 dicas primordiais para separar as finanças pessoais da empresa.
Separar contas bancárias
É uma ação simples, mas que faz muita diferença na hora de administrar o dinheiro no dia da folha de pagamento.
Portanto, os valores reservados para gastos pessoais e familiares devem ir para uma conta de pessoa física. Enquanto, o controle de entradas e saídas da empresa deve ser feito em uma conta de pessoa jurídica. Dessa forma, as duas vidas financeiras terão estruturas independentes e com configurações baseadas nas próprias necessidades.
A propósito, é interessante deixar explícito que muitas instituições bancárias possuem isenção de tarifas para contas jurídicas. Além disso, há inúmeras condições especiais para atender as demandas de uma empresa. Portanto, vale se informar até mesmo antes de fazer o negócio.
Definição de um salário para separar as finanças
Mesmo sendo o dono do negócio, é importante que o empreendedor defina o seu próprio salário. Dessa forma, é mais fácil que não haja confusão no momento de conferir os lucros da empresa. Assim, a remuneração do proprietário estará separada do dinheiro que é utilizado para custear melhorias e viabilizar o crescimento do empreendimento.
Aliás, esse salário pode (e deve) ter reajustes de acordo com o faturamento da empresa. Ou seja, ser o mesmo salário pago a um profissional que exerce as mesmas funções.
Com isso, haverá um valor fixo para transferir da sua conta de pessoa física para sua conta jurídica, na tentativa de não desestabilizar o negócio e nem de ocorrer retiradas sem justificativas. Por fim, outra boa estratégia é não sacar valores extras para suprir demandas pessoais. Mas, sim, ajustar o estilo de vida para o conciliar com o salário que estabeleceu anteriormente.
Reserva de emergência
É um passo essencial para ter segurança nas suas finanças. Além da organização e separação de valores em contas, é preciso que cada uma delas tenha um formato de poupança para reservar dinheiro.
Desse modo, guardar uma quantia para imprevistos também deve ser uma ação feita separadamente para a vida pessoal e profissional. Afinal, as eventualidades podem ocorrer em qualquer momento do mês. Para isso, é importante ter um valor com objetivo de cobrir esses imprevistos. Sendo assim, utilize o lucro para criar a reserva da empresa e o salário para usar em emergências pessoais.
Análise financeira
O mais interessante dessa dica é conhecer os valores exatos que entram e saem das contas. Assim, é preciso construir uma planilha financeira, na qual evidencia despesas, dívidas, recebimentos, taxas, lucro, entre outros.
Aliás, lembre-se que as anotações também deve separar para as finanças pessoais e laborais. Com isso, o olhar sobre a vida financeira se torna amplo e mais condizente com a realidade. Consequentemente, essa organização trará maior controle de gastos e tomadas de decisões mais assertivas.
Controle do fluxo de caixa para separar as finanças
Basicamente, essa ação faz parte da análise financeira, pois consiste em anotar todas as entradas e saídas do negócio. Dessa forma, a prática permite que o fluxo de caixa seja tenha atualização diária. Além disso, a gestão das transações seja efetiva e com boa estrutura.
Assim, é interessante construir relatórios de vendas detalhados para acompanhar os pagamentos, os recebidos e as pendências que ocorreram em cada dia específico. Dessa forma, também é possível criar estratégias para definir a quantidade de dinheiro que irá para a conta pessoal e os valores que permanecerão na conta jurídica da empresa