Universidades de São Paulo foram 25% menos mestres e doutores na pandemia

As principais universidades de São Paulo, USP, Unesp e Unicamp, registraram uma queda no número de titulações de mestrados e doutorados no período da pandemia da Covid-19. Os dados apontam que as três universidades formaram cerca de 25,4% menos mestres e doutores nos dois últimos anos. 

A USP, a Unesp e a Unicamp juntas são responsáveis por formar quase um terço dos mestres e doutores do país. A queda de titulações sofridas nas universidades paulistas pode refletir uma queda também a nível nacional.

Em 2021, as universidades formaram 5.600 mestres e 3.623 doutores, totalizando 9.223 titulações. Esse é o menor número de mestres e doutores formados nessas instituições nos últimos dez anos. Em 2019, as três instituições formaram 7.505 mestres e 4.721 doutores. Desse modo, em relação a 2019, as titulações de mestrado sofreram uma redução de 25,4%, e o número de titulações de doutorado caiu 24%.

De acordo com as pró-reitorias de pós-graduação, os números refletem a extensão dos prazos de defesa das teses e dissertações durante a pandemia, além das dificuldades impostas pelo fechamento das unidades de ensino.

Nesse sentido, o pró-reitor Pós-Graduação da USP, Marcio de Castro Silva Filho, reflete sobre os impactos do isolamento:

“O andamento das pesquisas sofreu um impacto muito significativo com a pandemia e o isolamento. Apesar do esforço para continuar com as aulas e as bancas de qualificação no sistema remoto, algumas etapas, como as investigações em campo, uso de laboratório, tiveram que ser paralisadas”.

No entanto, as instituições consideram também que a redução de financiamento para a ciência no país nos últimos anos é um dos fatores que afeta o número de estudantes nos cursos de pós-graduação.

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