Uma em cada 3 empresas registraram afastamentos de funcionários por Covid-19
Uma em cada 3 empresas brasileiras registraram afastamentos de empregados por causa da Covid-19 durante esta pandemia do novo coronavírus. Pelo menos é isso o que aponta um levantamento de uma pesquisa do Instituto Getúlio Vargas (FGV).
O levantamento em questão leva em consideração os dados de abril. E essas informações mostram que aconteceu um crescimento no número de empresas que perderam temporariamente os seus funcionários nesta pandemia se fizermos uma comparação com o último mês de outubro de 2020.
De acordo com a FGV, em outubro do ano passado, cerca de 22% das empresas disseram que registraram funcionários se afastando do trabalho por causa da doença. Em abril de 2021, essa taxa subiu para 34%. Dá para dizer portanto que uma em cada quatro companhias no Brasil passaram por essa situação.
No entanto, esse problema é maior dentro de setores que passaram por menos fechamentos dos serviços. É o que acontece, por exemplo, com a área da indústria. Em outubro de 2020, cerca de 24% das companhias fizeram o registro, agora em abril essa taxa subiu para 42%.
Do outro lado dessa história estão os setores que registraram mais fechamentos das atividades. O comércio, por exemplo, que é normalmente o serviço mais atingido pelas paralisações, seguiu com a mesma taxa de 25% das empresas registrando baixas por causa da Covid-19. Isso comparando também os meses de outubro de 2020 e abril de 2021.
Funcionários na pandemia
Esse é um debate que existe no Brasil desde o início da pandemia por aqui. Afinal, o país deve fechar os seus serviços durante esse período pandêmico? Os números da pesquisa da FGV mostram que os especialistas em saúde pública podem ter razão. O fechamento seria portanto uma medida mais segura.
Acontece que os números mostram que os setores que fecharam menos nesta pandemia foram também as áreas que mais registraram afastamentos de trabalhadores. Isso quer dizer portanto que essas pessoas adoeceram. Não dá para dizer que eles pegaram a Covid-19 por ir ao trabalho. No entanto, é isso o que os números indicam.
Por outro lado, há a questão da situação econômica dessas pessoas. É que com os fechamentos, muita gente acabou perdendo o emprego. E boa parte desses cidadãos estão com muita dificuldade de fazer uma renda neste momento. É portanto uma situação complexa.
Auxílio
Um grupo de cientistas está pedindo para que o Governo aplique um grande e rígido fechamento das atividades por 15 dias no Brasil. Nesse meio tempo, eles pedem para que o Planalto pague um Auxílio robusto no valor de, pelo menos, uma cesta básica nessas regiões.
De acordo com esses especialistas, essa seria uma maneira de fazer com que as pessoas não se contaminassem nas ruas e ao mesmo tempo não perdessem as suas rendas completamente neste momento. No entanto, o Governo não deu nenhuma resposta sobre esse pedido.
Hoje, o Auxílio Emergencial do Palácio do Planalto está pagando quatro parcelas de valores que variam entre R$ 150 e R$ 375. Com esse dinheiro não dá para comprar uma cesta básica nas principais cidades do país. O Governo afirma que não pode subir essas quantias por uma questão de respeito com as contas públicas.