Posso trocar marca de remédio genérico durante tratamentos?

Saiba se é possível trocar marca de remédio genérico durante tratamentos

Uma dúvida muito frequente de quem consome medicamentos é se pode trocar marca de remédio genérico durante tratamentos. Então, para acabar com suas dúvidas de uma vez por todas veja o que a Anvisa recomenda neste artigo. 

É muito comum de quem precisa fazer tratamentos de saúde procurar nas farmácias o remédio genérico. Afinal, os preços são bem mais acessíveis e o medicamento possui o princípio ativo que você necessita.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, afirma que não se deve trocar o fabricante de medicamentos genéricos e similares durante um tratamento. Ou seja, se estava fazendo uso de um remédio deve seguir com ele até outra orientação médica.

Conhecendo o processo de aprovação dos medicamentos genéricos

Antes mesmo de saber se pode trocar marca de remédio genérico durante tratamentos é importante entender como se dá o processo de aprovação desses medicamentos. A princípio, saiba que grande parte desses produtos que são muito consumidos no país tem a patente expirada, ou seja, os laboratórios têm direito de produzi-los de forma genérica.

Dessa forma, para que um medicamento novo seja aprovado, é preciso que a empresa em questão siga um longo e custoso processo com estudos clínicos que comprovem sua eficiência. Com isso, os resultados são enviados à Anvisa, que defere o registro do produto genérico. 

Posso trocar marca de remédio genérico durante tratamentos? Entenda o que é a intercambialidade

Com o prazo da patente vencido, a fórmula do medicamento é liberada para as empresas que têm interesse em produzi-lo. Portanto, a farmacêutica que deseja fabricar um genérico ou similar deve demonstrar à Anvisa, por meio de novos estudos científicos, que seu produto é intercambiável com o da marca detentora da patente. 

Em resumo, a intercambialidade é a substituição segura de um medicamento de referência pelo seu genérico. Então, é comprovado a partir de testes de equivalência terapêutica, com comparações in vitro e estudos de bioequivalência, que são apresentados à Anvisa.

Por ter uma concorrência maior, os genéricos tendem a ter um preço mais acessível no mercado, o que desperta o interesse dos consumidores. Por isso, com constância surge a dúvida sobre trocar marca de remédio genérico durante tratamentos.

Medicamentos genéricos não podem ser considerados intercambiáveis

Há muitos medicamentos que têm muitas versões genéricas, mas que não devem ser trocados entre si durante um tratamento, como a Losartana. Aliás, a Anvisa emitiu uma nota explicando que os medicamentos genéricos não podem ser considerados intercambiáveis com os seus similares e muito menos entre si. Isso porque, não houve essa demonstração experimental.

A agência reguladora reforça que, como há muitos genéricos e similares no mercado, é inviável fazer testes de intercambialidade em todos. Afinal, seriam milhares de possibilidades. Portanto, ao se questionar se pode trocar marca de remédio genérico durante tratamentos, saiba que a resposta é não.

Mesmo que os medicamentos tenham o mesmo princípio ativo, as matérias-primas e os processos de produção e controle entre as fabricantes dos genéricos variam. Além disso, há uma notável diferença nas tecnologias usadas e nos excipientes, que são as substâncias sem efeito farmacológico, mas que ajudam na estabilidade e administração do medicamento.

Todas essas diferenças afetam de forma direta a absorção, o metabolismo e também a eliminação desse medicamento do seu organismo. Portanto, altera a eficácia do produto, bem como, do tratamento que está realizando. 

Tratamentos com remédios biológicos são mais sensíveis

Quando se fala sobre trocar marca de remédio genérico durante tratamentos, deve se considerar o tipo de medicamento usado. Por exemplo, os processos que envolvem o uso de remédios biológicos são mais sensíveis à troca. Então, jamais recomenda-se intercambiar neste caso.

Os pacientes que fazem reposições hormonais também precisam estar atentos. Por exemplo, quem trata hipoteireoidismo e toma levotiroxina. Isso porque, entende-se que a dose de hormônio varia de acordo com os medicamentos e essas mudanças podem ser significativas, por isso, não devem efetuar a troca.

Outro caso muito comum são com as mulheres e o uso de anticoncepcionais. Afinal, a dose de hormônio varia e se houver a trocar por um similar que não tem o mesmo efeito pode ser que você tenha efeitos colaterais ou não tenha a proteção desejada.

Pacientes que fazem tratamento psiquiátrico sabem que não podem trocar marca de remédio genérico durante tratamentos. Isso porque, é essencial que mantenham em seus níveis sanguíneos sempre a mesma quantidade dos princípios ativos que necessitam. 

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