Os motoristas receberam mais uma notícia preocupante envolvendo a gasolina. Na matéria que acaba de sair hoje no Notícias Concursos, você poderá ver que o combustível ficou mais caro no país, pesando um pouco mais no bolso dos consumidores. Aliás, essa foi a segunda alta consecutiva, o que preocupa e entristece ainda mais os motoristas.
De acordo com um levantamento realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a gasolina ficou 0,18% mais cara na semana passada. Com isso, o preço médio do litro chegou a R$ 5,51 no país, mas, alguns estados comercializaram o combustível a mais de R$ 6,00.
Ao considerar as últimas sete semanas, a gasolina acumulou uma forte alta de 8,5% entre 26 de fevereiro e 15 de abril. Esse avanço correspondeu a 43 centavos por litro, valor bastante expressivo, visto que ninguém abastece o veículo com apenas um litro de gasolina.
Além disso, os motoristas costumam ir mais de uma vez aos postos de combustíveis todos os meses, a depender da quantidade de vezes que o automóvel é usado. Por esta razão, qualquer variação no preço da gasolina é sentida pelos consumidores.
Dessa forma. quanto mais caro estiver o combustível, mais comprometida fica a renda das famílias do país que possuem veículos. Na internet, muitos usuários vêm criticando o encarecimento do combustível nas últimas semanas.
Contudo, outros vários motoristas afirmam que os valores estavam ainda mais altos em 2022. Afinal, a gasolina está mais cara ou mais barata neste ano?
Preço da gasolina em 2023
Em primeiro lugar, é importante destacar que a ANP analisa os preços de milhares de postos do país. Assim, divulga semanalmente os valores médios da gasolina, do etanol hidratado e do óleo diesel, revelando também os preços em cada unidade federativa (UF).
Embora a gasolina acumule uma forte alta nas últimas semanas, o seu valor está 23,68% menor que há um ano. Isso quer dizer que a gasolina, comercializada a R$ 5,51 na semana passada, está R$ 1,71 mais barata que no mesmo período de 2022, quando seu litro custava R$ 7,22, em média.
Para quem não sabe, o ex-presidente Jair Bolsonaro promoveu isenções sobre os combustíveis na metade do ano passado, com validade até 31 de dezembro, reduzindo os valores, que seguiam em patamar bastante elevado no país.
Neste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prorrogou essa desoneração, pelo menos nos primeiros meses, promovendo as seguintes ações:
- Reduziu a zero as alíquotas dos impostos federais PIS/Pasep e Cofins que incidem sobre gasolina, álcool, querosene de aviação e gás natural veicular até 28 de fevereiro de 2023;
- Zerou a Cide, que é um imposto federal, sobre a gasolina até o dia 28 de fevereiro de 2023;
- Reduziu a zero as alíquotas dos impostos federais PIS/Pasep e Cofins que incidem sobre diesel, biodiesel, gás natural e gás de cozinha até 31 de dezembro de 2023.
Assim, a gasolina e o etanol voltaram a ter impostos cobrados sobre seus preços no início de março, ficando mais caros no país. Entretanto, no acumulado de 12 meses, o saldo ainda é muito positivo para os motoristas, que estão pagando bem menos que em abril de 2022.
No entanto, vale destacar que o cenário é completamente diferente ao mudar a base comparativa. Em suma, o valor médio nacional da gasolina chegou a R$ 4,96 na última semana de dezembro de 2022, valor 10% menor que o da semana passada.
Em outras palavras, o preço atual da gasolina está menor que o registrado no mesmo período do ano passado. Contudo, o combustível está mais caro do que no final de dezembro de 2022.
Gasolina mais cara do país vem da região Norte
Nos últimos 12 meses, a gasolina ficou mais barata no Brasil, aliviando o bolso dos motoristas. O preço médio recuou mais expressivamente no Sudeste (-25,86%) e no Centro-Oeste (-25,78%), seguidos por Nordeste (-23,09%), Sul (-21,43%) e Norte (-20,05%).
Entre as UFs, os recuos mais intensos foram registrados em Minas Gerais (-30,56%), Piauí (-29,84%) e Rio de Janeiro (-28,35%).
Em contrapartida, as menores quedas vieram de Amazonas (-11,49%), Roraima (-13,80%), Bahia (-17,15%), Rondônia (-18,43%) e Amapá (-19,30%), únicos recuos inferiores a 20%, e quase todos de estados da região Norte.
Com isso, os valores médios mais altos da gasolina foram registrados nos seguintes estados:
- Amazonas: R$ 6,48;
- Roraima: R$ 6,08;
- Rondônia: R$ 6,00;
- Acre: R$ 5,92;
- Bahia: R$ 5,91.
Gasolina mais vantajosa que o etanol
Nos últimos 12 meses, não foi apenas a gasolina que ficou mais barata no país. Em síntese, o etanol hidratado, concorrente do combustível fóssil nas bombas, acumulou uma queda de 25,57% no período.
Apesar de ambos os combustíveis terem registrado fortes recuos em seus valores em um ano, um deles permanece mais vantajoso que o outro no país, cenário visto nos últimos meses.
Em síntese, o valor do etanol deve ser igual ou inferior a 70% do preço da gasolina para que o seu custo-benefício seja maior que o do seu concorrente nas bombas. Caso o resultado da equação supere essa marca, os motoristas devem optar pela gasolina.
Isso porque, a gasolina oferece um rendimento melhor para o veículo. Na semana passada, apenas uma das 27 UFs tiveram taxas inferiores a 70%, ou seja, comercializou o etanol com um melhor custo-benefício.
O estado foi o Mato Grosso (65%), que teve uma taxa abaixo de 70%, o que indica mais vantagem para os motoristas que abastecem com etanol. Em contrapartida, a gasolina foi mais vantajosa que o etanol em 26 das 27 UFs.
Por isso, os motoristas, no geral, devem optar pelo combustível fóssil, porque irão se beneficiar com os preços, deixando o biocombustível de lado, ao menos por enquanto.