Economia

Trabalhadores do país acabam de receber PÉSSIMA NOTÍCIA

Os números do desemprego no Brasil chocaram a população no terceiro mês do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No primeiro trimestre de 2023, a quantidade de pessoas sem uma ocupação no país cresceu em relação ao trimestre anterior.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação ficou em 8,8% entre janeiro e março, período que compreende os três primeiros meses do governo Lula.

Em síntese, a taxa de desocupação cresceu 0,9 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2022 (7,9%). Por outro lado, a taxa recuou 2,4 p.p. em comparação ao primeiro trimestre de 2022 (11,1%).

“Esse movimento de retração da ocupação e expansão da procura por trabalho é observado em todos os primeiros trimestres da pesquisa, com exceção do ano de 2022, que foi marcado pela recuperação pós-pandemia”, explicou Adriana Beringuy, coordenadora da PNAD Contínua.

“Esse resultado do primeiro trimestre pode indicar que o mercado de trabalho está recuperando seus padrões de sazonalidade, após dois anos de movimentos atípicos”, acrescentou.

Vale destacar que a população desocupada totalizou 9,4 milhões de pessoas no primeiro trimestre de 2023. Isso representa crescimento de 10% (mais 860 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior. Em contrapartida, o número ficou 21,1% menor que há um ano (menos 2,5 milhões de pessoas desocupadas).

Apesar da queda na base anual, os números continuam muito elevados entre as grandes economias mundiais. Ainda assim, os dados da população desocupada refletem a melhora na condição do mercado de trabalho do país em relação a 2022. Contudo, as dificuldades no país ainda são enormes.

População ocupada recua no trimestre

Em suma, a PNAD Contínua revelou que houve mais dados negativos no primeiro trimestre do governo Lula. A saber, a população ocupada somou 97,8 milhões nos três primeiros meses deste ano.

Esse número representa uma queda de 1,6% em relação ao trimestre anterior (menos 1,5 milhão de pessoas). Por outro lado, na comparação com o primeiro trimestre de 2022, houve alta de 2,7% (mais 2,6 milhões de pessoas).

Segundo Adriana Beringuy, “a população ocupada tem um comportamento que é o inverso da trajetória da população desocupada”. A coordenadora da PNAD Contínua explicou que, nos primeiros meses do ano, a pesquisa mostra que há retração da população ocupada e a expansão da desocupação no país.

“Isso é ligado tanto às dispensas dos trabalhadores temporários que costumam ser contratados no fim do ano quanto à maior pressão do mercado de trabalho após o período de festas”, acrescentou.

Adriana Beringuy também disse que “a queda na ocupação reflete principalmente a redução dos trabalhadores sem carteira, seja no setor público ou no setor privado”

A PNAD ainda mostrou que o nível de ocupação ficou estimado em 56,1%, queda de 1,0 p.p. em três meses, mas alta de 1,0 p.p. em um ano. A propósito, nível de ocupação se refere ao percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar.

População desalentada fica estável

O levantamento do IBGE ainda revelou que a população desalentada no Brasil somou 3,9 milhões no primeiro trimestre deste ano. Esse número ficou estável em relação ao trimestre anterior. Já na comparação com os três primeiros meses de 2022, houve queda de 15,7% (menos 723 mil pessoas).

Em resumo, o IBGE explica que a população desalentada é formada por pessoas que estavam fora da força de trabalho do país devido a alguma das seguintes razões:

  • Não conseguia trabalho;
  • Não tinha experiência profissional;
  • Era muito jovem ou muito idoso;
  • Não encontrou trabalho na localidade onde mora;
  • Não teria condições de assumir a vaga caso conseguisse o trabalho.

Em outras palavras, os desalentados do país formam a parte da força de trabalho potencial. Isso quer dizer que eles poderiam trabalhar, mas não o fizeram devido a circunstâncias específicas.

Os dados também mostraram que o percentual de desalentados na força de trabalho atingiu 3,5% no primeiro trimestre de 2023. Na comparação trimestral, o nível ficou estável, mas recuou 0,6 p.p. na base anual.

Entenda a PNAD Contínua

De acordo com o IBGE, a PNAD Contínua acompanha as variações trimestrais e a evolução da força de trabalho no Brasil. Isso acontece em médio e longo prazo através de coleta, em âmbito nacional, de informações necessárias para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do país.

Em síntese, a implantação da PNAD Contínua aconteceu em outubro de 2011, alcançando o caráter definitivo em janeiro de 2012. A PNAD também divulga informações mensais e anuais, além das trimestrais, sobre força de trabalho no país, desemprego, entre outros pontos.

Os analistas do mercado ficam atentos a esses dados para traçarem possíveis resultados futuros relacionados ao mercado de trabalho brasileiro.