No último mês de novembro, o consumo entre as famílias brasileiras aumentou em 1,97% em relação a outubro. Isso é o que aponta o levantamento feito pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) divulgado ontem (13). No entanto, se comparado com o mesmo período de 2020, é apresentado uma alta de 4,43%. No acumulado de janeiro a novembro, é de 2,88%.
O levantamento indica também que no acumulado dos dez primeiros meses do ano, foi registrado alta de 3,14%.
Vale ressaltar que a pesquisa é baseada no índice do Abrasmercado, medição realizada incluindo uma cesta de 35 produtos encontrados em supermercados, de amplo consumo entre a população brasileira, entre eles, alimentos (incluindo cerveja e refrigerante), higiene, beleza e limpeza doméstica.
De acordo com Marcio Milan, vice-presidente Institucional da Abras, a alta registrada em novembro ante o mesmo mês do ano anterior deve ser analisada pensando nas restrições existentes naquele período. “Havia uma restrição muito grande, diferente deste ano em que tivemos a economia e o comércio totalmente abertos, a volta ao normal do trabalho das pessoas, além do saldo positivo na empregabilidade.”
Despesas básicas das famílias brasileiras subiram mais de 33% no último ano
O preço médio das despesas básicas, como gastos com comida, combustíveis e contas de água e energia, das famílias brasileiras aumentou 33% no último ano, segundo levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Os dados foram levantados com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a pesquisa, entre março de 2020 e julho de 2021, período de pandemia, o avanço médio do valor das despesas básicas no Brasil foi de 30,3%.
A cesta de produtos de consumo básico englobam itens como arroz, feijão, carnes em geral, leite integral, óleo de soja, além de gastos com gás de cozinha, contas de água e energia residenciais, gasolina, etanol, óleo diesel e gás veicular. A FecomercioSP avalia que a inflação descentralizada, aliada ao fato desses serem produtos essenciais para sobreviver, dificultam ainda mais os consumidores conseguirem economizar.
No último mês de julho, as despesas básicas das famílias influenciaram cerca de 18% no orçamento dos lares. Ou seja, no mesmo período em 2020, R$ 20 reais eram utilizados para a mesma finalidade, o que agora equivale a quase R$ 27, apresentando um aumento de R$ 7 em um ano.
Restrições em supermercados ocasionados pela Covid-19
Nas últimas semanas, o aumento dos casos de influenza e da nova variante Omicron da covid-19 vem preocupando os governos, e algumas medidas restritivas já estão sendo praticadas.
Porém, de acordo com anúncio realizado ontem pelo governo paulista, o setor não tem intenção de implantar ações para reduzir o movimento de pessoas nos supermercados, disse o dirigente da Abras. “Até porque fomos o primeiro segmento da economia a estabelecer seus protocolos, que, ao longo do tempo, foram se aprimorando.”
De acordo com Milan, a orientação neste momento é que continue a vigilância constante sobre o uso de máscaras de proteção, a oferta de álcool gel para limpeza das mãos e o respeito às marcações delimitadas na frente de caixas e áreas de serviço para que mantenha o distanciamento entre as pessoas.
Além disso, ele recomenda que todos os supermercados reforcem os cuidados para evitar a disseminação da doença, principalmente onde há mais contato, como nas áreas onde ficam as cestinhas e os carrinhos, intensificando a limpeza.