Criado no século XIX por Louis Braille, um jovem completamente cego, o sistema Braille foi oficializado em 1852 com o objetivo de possibilitar as pessoas cegas o acesso à leitura. Nesse sentido, o Braille consiste em um sistema de escrita com pontos em relevo que permite que as pessoas privadas da visão consigam ler pelo tato. Além disso, permite ainda a escrita.
Panorama histórico
O sistema recebeu o nome de Braille em homenagem ao seu fundador, cuja história é crucial para o desenvolvimento do sistema de escrita e leitura para pessoas cegas. Louis Braille ficou cego ainda na infância por conta de um acidente em casa, mas a sua condição não o impediu de ser um grande estudioso. Desse modo, aos 10 anos conseguiu uma bolsa de estudos no Instituto Real dos Jovens Cegos de Paris, a primeira escola para cegos do mundo.
No período, o sistema de leitura utilizado consistia em livros impressos com letras garrafais em relevo. No entanto, por meio desse sistema a leitura era muito lenta e os estudantes não podiam escrever. Por isso, Louis decidiu se dedicar à criação de um método que fosse mais funcional e que permitisse também que as pessoas cegas pudessem escrever. Assim, em 1825, Louis chegou ao seu código, que consistia em seis pontos dispostos em duas fileiras paralelas. Cada conjunto de linhas representava uma letra e os pontos permitiam até 64 variações.
Apesar desse novo sistema agilizar a leitura e a escrita, foi reconhecido apenas cerca de uma década depois, quando Louis já era professor e ensinou o sistema os seus alunos. Nesse período, ele recebeu um convite para demonstrar os usos do seu sistema em uma exposição em Paris, o que fomentou a sua popularidade. No entanto, o sistema só foi amplamente reconhecido e adotado após a morte de Louis. Quase todos os países adotaram o código criado por ele até o final do século XIX.
O Braille no Brasil
José Alvares de Azevedo foi o responsável por difundir o novo sistema no Brasil. Após estudar no Instituto Real dos Jovens Cegos de Paris dos 10 aos 16 anos, o jovem passa a difundir o Braille entre os cegos brasileiros por meio de aulas e palestras. Assim, após anos se dedicando a isso, por meio da iniciativa do professor José, o sistema foi oficialmente incorporado ao ensino de alunos cegos com a criação da fundação do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, em 1854, no Rio de Janeiro.
O sistema Braille possui normas e regras diversas. Nesse sentido, há regras para o uso de letras maiúsculas e minúsculas, para siglas, abreviações, números, entre outras. Por isso, o Ministério da Educação (MEC) criou um documento que explica todas as normas e regras do uso do Braille no país.
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