SETEMBRO AMARELO: saiba identificar e ajudar alguém que sofre

Veja dicas de como identificar sinais de depressão e quais são as melhores maneiras de ajudar alguém que sofre

Você certamente conhece alguém que está passando por um quadro de depressão. Seja um familiar, um amigo ou mesmo um conhecido. Esta é uma doença que vem acometendo cada vez mais pessoas ao redor do mundo. Dados do Ministério da Saúde já indicam que esta é a quarta maior causa de morte do país entre jovens de 15 a 29 anos, atrás apenas de acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal.

Quando se considera um campo mais amplo, como o da saúde mental como um todo, os números são ainda mais alarmantes. Pesquisa Datafolha mais recente sobre o tema indicam que 4 em cada 10 brasileiros tiveram sintomas de ansiedade ou depressão, sobretudo no decorrer ou mesmo depois da pandemia do coronavírus.

Ao mesmo passo, esta pesquisa do Datafolha indica que cerca de 10% das pessoas afirmam que não sabem exatamente o que fazer quando se deparam com uma pessoa que está lutando contra um problema como a depressão. Abaixo, separamos algumas dicas de especialistas sobre o caso.

Como identificar alguém com depressão

  • Tristeza profunda

Médicos afirmam que não há nada de errado em se sentir triste. A condição de tristeza é inerente do ser humano. Já a depressão se caracteriza por ser uma tristeza normalmente causada sem nenhum motivo aparente.

  • Desleixo

Outro ponto que pode ser um sinal de depressão é um total desleixo de pessoas que costumavam serem mais vaidosas com a sua aparência, por exemplo.

  • Relatos de falta de expectativa no futuro

Na grande maioria dos casos, a depressão pode causar uma falta de perspectiva de futuro nas pessoas. Elas acreditam que nada de promissor possa acontecer no futuro.

  • Disfunção alimentar

A depressão também pode causar uma disfunção alimentar na pessoa que se encontra em um quadro depressivo. Neste sentido, ela pode passar a comer muito mais, ou muito menos do que comia naturalmente.

  • Maior irritabilidade

Também é comum que a pessoa que tenha depressão passe a ficar mais irritada com facilidade.

  • Problemas com o sono

A depressão também pode causar em alguns casos uma anormalidade no sono dos indivíduos. Em alguns casos, eles podem começar a dormir por longas horas durante o dia, e em outros eles podem sofrer com insônias.

  • Necessidade de isolamento

Outro ponto que também é apontado por muitos pacientes que sofrem com depressão é uma necessidade constante de estarem isolados. Normalmente, o indivíduo que está em depressão prefere ficar trancado no seu quarto.

Fatores de risco

De acordo com o Ministério da Saúde, existem alguns fatores de risco que podem ajudar a explicar o acometimento de uma depressão em um indivíduo:

  • Histórico familiar;
  • Transtornos psiquiátricos correlatos;
  • Estresse crônico;
  • Ansiedade crônica;
  • Disfunções hormonais;
  • Dependência de álcool e drogas ilícitas;
  • Traumas psicológicos;
  • Doenças cardiovasculares, endocrinológicas, neurológicas, neoplasias entre outras;
  • Conflitos conjugais;
  • Mudança brusca de condições financeiras e desemprego.
SETEMBRO AMARELO: saiba identificar e ajudar alguém que sofre
Dependência do álcool pode ser fator de risco para depressão. Imagem: Arquivo/ Marcelo Camargo

Como ajudar?

Diante de todas estas dicas, você pode chegar à conclusão de que conhece alguém que está em depressão. Contudo, é importante ter cuidado nestes momentos. Na verdade, só quem pode definir se uma pessoa está ou não com depressão, ou com qualquer problema desta natureza, é um médico especialista na área.

Assim, analistas indicam que ao perceber que alguma pessoa está passando por estes problemas, a principal dica é tentar convencer o indivíduo a visitar um psicólogo o mais rapidamente possível.

“É importante destacar que a pandemia aumentou o número de pessoas com sintomas depressivos ou ansiosos, mas isso não é sinônimo de depressão ou transtorno de ansiedade generalizada. Esse diagnóstico depende de vários critérios, e é individualizado”, afirma psiquiatra Adiel Rios, pesquisador no Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

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