Segundo Reinado: análise questão vestibular
O termo “segundo reinado” se refere à um dos momentos de maior relevância de toda a história do Brasil: o governo do imperador D. Pedro II.
O assunto é amplamente abordado por vestibulares de todo o país, tanto na primeira como na segunda fase dos mesmos.
Para que você se prepare de maneira adequada, o artigo de hoje trouxe uma análise completa de uma questão considerada difícil e que apareceu na segunda fase do vestibular da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Confira!
Segundo Reinado: análise questão Unicamp
(Unicamp – 2010) O imperador D. Pedro II era um mito antes de ser realidade. Responsável desde pequeno, pacato e educado, suas imagens constroem um príncipe diferente de seu pai, D. Pedro I. Não se esperava do futuro monarca que tivesse os mesmos arroubos do pai, nem a imagem de aventureiro, da qual D. Pedro I não pôde se desvincular. A expectativa de um imperador capaz de garantir segurança e estabilidade ao país era muito grande. Na imagem de um monarca maduro, buscava-se unificar um país muito grande e disperso.
(Lilia Moritz Schwarcz, As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras)
- Segundo o texto, quais os significados políticos da construção de uma imagem de D. Pedro II que o diferenciasse de seu pai?
- Que características do período regencial ameaçavam a estabilidade do país?
Respostas:
O texto aborda alguns aspectos dos dois imperadores brasileiros: D. Pedro I e D. Pedro II.
Vamos conferir, a seguir, uma possibilidade de resposta aos itens:
- De acordo com o texto de Lilia Schwarcz, o processo de construção da imagem de D. Pedro II, que era diferente daquela de D. Pedro I, representaria estabilidade para o Brasil, contrastando a instabilidade que assolou as províncias brasileiras durante a fase anterior ao Segundo Reinado: o Período Regencial. Ainda, a figura do imperador teria sido construída com o objetivo de demonstrar a possível unificação do país, que não havia acontecido até aquele momento.
- O Período Regencial foi um período extremamente instável da história do Brasil. Dentre as características do mesmo que ameaçavam a estabilidade brasileira, podemos citar os governos instáveis dos regentes, provocados pela menoridade de Pedro de Alcântara, futuro D. Pedro II, e a eclosão de diversas rebeliões de caráter separatistas e de contestação em diferentes regiões do Brasil.