Sedentarismo piora desempenho nos estudos, indicam pesquisas

A sociedade atual vive uma pandemia de coronavírus. Mas desde 2021, de acordo com Daniel Sandy, profissional de Educação Física e gestor de estresse ocupacional, vive uma pandemia de sedentarismo. Ele diz, inclusive que essa é uma das cinco maiores causas de morte no mundo.

Antes do isolamento social, dados da Organização Mundial da Saúde revelaram que três a cada quatro crianças e adolescentes estão sedentários. Agora, após cinco meses de distanciamento, acredita-se que os números são ainda maiores.

Isso porque houve drástica – ou total – redução nas atividades físicas diárias, bem como de socialização. Fatores como esses refletem diretamente na saúde mental e na capacidade cognitiva dos jovens, sobretudo os que estão em idade escolar.

Um bom desempenho acadêmico depende de uma boa atividade cerebral e física, garantida pelo suprimento de oxigênio e nutrientes, alem de sono adequado, o que está diretamente ligado à forma como vivemos (estilo de vida). E essa pandemia alterou diretamente nosso estilo de vida.

O impacto do estilo de vida no desempenho acadêmico já foi evidenciado pela ciência antes do coronavírus e está sendo fortalecido durante este momento, demonstrando que crianças e adolescentes com alto tempo diário em comportamento sedentário e baixa aptidão física possuem menores desempenhos acadêmicos, quando comparadas às mais ativas.

Relação entre exercícios e melhora cognitiva

O potencial de aprendizado e assimilação de conteúdos está fortemente ligado à prática de exercícios regulares. Muitas pesquisas indicam essa tendência.

Em 2017, por exemplo, foi publicado na revista cientifica Pediatric Exercise Science, um estudo correlato.

Ele percebeu mudança na aptidão física relacionada ao desempenho acadêmico, demonstrando que a queda da performance aeróbica tinha a ver com a redução do aprendizado dos adolescentes.

Outro levantamento, preparado por pesquisadores austríacos em 2018, estudou maneiras de reduzir os danos do sedentarismo para o desempenho escolar.

A proposta foi simples. Bastou que os alunos fizessem exercícios rápidos aeróbicos de seis minutos a cada 20 minutos de aula. O resultado foi a redução da fadiga mental, aumentando a vitalidade durante o período de aprendizado.

Já aqueles que ficaram sentados durante todo o tempo da aula e também no intervalo apresentou fadiga maior e menor vitalidade no decorrer da aula

Essa é uma pesquisa que pode ser uma referência para que professores e pedagogos possam inovar nos planos de aula. Também serve de alerta para os pais e responsáveis, que além de incentivar os estudos, devem ficar atentos à prática de atividades que trabalhem o corpo.

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