Saúde e bem estar: ter um hobby pode ajudar pessoas com Alzheimer (entenda)

Atividade cerebral pode ser benéfica para pessoas com demência

De acordo com especialistas, ter um hobby pode ajudar pessoas com Alzheimer a controlar a demência, a partir de uma certa idade, sendo uma importante defesa contra a doença. Psiquiatras afirmam que é preciso utilizar o cérebro constantemente, de forma a fortalecê-lo e proteger o paciente.

É importante observar que, segundo os Centros de Controle e Prevenção de doenças, cerca de 5,8 milhões de pessoas, só nos Estados Unidos, com mais de 65 anos, vivem e sofrem os efeitos da doença do Alzheimer. Aliás, elas também sofrem de outros problemas relacionados à saúde mental, como a demência, por exemplo.

A Alzheimer Association aponta que um em cada nove americanos, com mais de 65 anos tem a doença. Dessa maneira, mesmo que as taxas relativas à demência estão caindo. Por fatores como mudanças no estilo de vida da população, as pessoas estão vivendo mais. Por essa razão, elas podem ter problemas relacionados.

David Merrill, psiquiatra geriátrico e diretor do Pacific Brain Health Center, em Santa Monica Califórnia, sugere que se utilize o nome “busca” no lugar de “hobby”. É uma forma a fortalecer a importância desse tipo de atividade, visto que ela requer da pessoa, uma maior concentração e colaboração.

Atividade para o cérebro

De fato, é importante que a pessoa tenha atividades que requerem um maior foco e labor, já que através delas, o doente melhora sua cognição de diversas maneiras. Todavia, Merrill afirma que o cérebro é como qualquer outra parte do corpo, sendo necessário o uso constante para que se mantenha ativo e saudável.

Em 2020, a revista Lancet, em um estudo realizado com o objetivo de prevenir a doença ou curá-la, identificou 12 fatores que podem contribuir para a demência. Ademais, alguns são fisiológicos, como a pressão arterial, diabetes e a perda auditiva. Outros, estão relacionados ao estilo de vida, como a bebida, o fumo e a inatividade física.

Vale ressaltar que a poluição do ar, o isolamento social e o baixo nível de educação e a falta de atividade cerebral, também podem influenciar para que a pessoa fique demente. A princípio, a Alzheimer Society of Canada afirma que para minimizar o risco da doença é preciso desenvolver a cognição, aprendendo coisas novas, conhecer pessoas novas, conversar,etc.

Normalmente a perda de músculos com a idade é visual, pode-se observar a saúde dos ossos a partir de varreduras de densidade óssea. Analogamente, Merril afirma que somente agora se tornou possível observar a mesma realidade no cérebro humano. Segundo ele, foi constatada uma atrofia por desuso no cérebro, em pessoas com demência.

Saúde cerebral

Imagens cerebrais observadas por especialistas foram capazes de ilustrar esta associação. Foi constatado que o aprendizado e o envolvimento em certas atividades, auxiliaram na construção de uma elevação psicológica. Desse modo, ele também atua na fisiologia e preservação dos volumes cerebrais, prevenindo a atrofia.

O hobby, de certa forma, evita o encolhimento do cérebro, dos centros de memória, da mesma forma que o exercício físico auxilia na preservação dos músculos de nosso corpo. Todavia, ele é essencial para pessoas que têm Alzheimer e demência, devendo ser fomentado em todo o ambiente médico.

A Alzheimer Association diz que é preciso desafiar nossos cérebros, e indica a necessidade de se realizar uma atividade difícil. Desse modo, seria como entrar em uma academia cerebral, levantando um certo tipo de peso cognitivo, desenvolvendo a força cerebral, de preferência realizando uma atividade nova.

As pessoas, segundo a associação, realizam estas atividades de forma natural em sua juventude. Quando envelhecem, a partir da meia idade, acabam por reduzir suas atividades sociais. Dessa maneira, elas se tornam menos ativas, deixando de desenvolver suas habilidades mentais, utilizando menos o cérebro.

Conclusão

A professora de psicologia e epidemiologia da Universidade de Yale, Becca Levy, diz que há uma aceleração do envelhecimento do cérebro, em pessoas que as crenças negativas envolvendo sua idade, reforçam estereótipos como “coisas de velho”, como a dificuldade de se aprender coisas novas.

aliás, para Levy, os mais velhos podem garantir uma série de benefícios utilizando estratégias de memorização que os mais jovens utilizam desenvolvendo a sua capacidade de lembrança. Desse modo, é possível  aumentar o crescimento de novos neurônios. Para ela, é preciso deixar o preconceito de lado, e investir em um hobby e no exercício cerebral.

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