Salário mínimo para as famílias com valor de R$ 5.657. Não é de hoje que sabemos que ano após ano o salário mínimo no Brasil acaba perdendo em valor no comparativo com as principais moedas do mundo, como libra, euro ou dólar. E um dos maiores problemas para os brasileiros é a baixa quantia paga, hoje de apenas R$ 1.100.
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Também se sabe que o salário mínimo necessário para suprir as necessidades básicas de uma família no Brasil já chegou ao valor de R$ 5.657,66, no último levantamento realizado em setembro pelo Dieese.
Esta é a sexta alta mensal consecutiva, que já é de 5,14 vezes maior do que o salário mínimo vigente. Esse cálculo do Dieese é feito com base na cesta básica mais cara do país, que no mês de setembro foi registrada em São Paulo e considera o valor mínimo para atender uma família composta por dois adultos e duas crianças.
O que a pesquisa considera como necessário?
A pesquisa teve como gastos básicos as despesas com alimentação, moradia, educação, saúde, vestuário, transporte, higiene, produtos de limpeza, lazer e previdência. No último mês, o trabalhador que recebe apenas o salário mínimo atual, teve a sua renda comprometida em 56,53%, já contando o desconto previdenciário de 7,5%.
O percentual de agosto era de 55,93%. Também é calculado pelo Dieese o tempo médio para se adquirir estes produtos da cesta básica. O tempo médio subiu ainda mais em setembro, sendo necessárias 115 horas e 2 minutos, mais do que em agosto, quando a média era de 113 horas e 49 minutos.
Aumento do salário mínimo não é tão simples assim
Como o funcionalismo público trata primeiro de alocar os recursos em obras, pagamentos de altos salários para deputados, senadores e outros, além de que esses recursos são exorbitantes e segundo os políticos, dentro do “teto de gastos”, aumentar o salário mínimo do nada não é uma tarefa fácil e poderia sim gerar uma crise ainda maior de inflação.
De acordo com as projeções feitas pela equipe econômica em 2021, para cada R$ 1 a mais que for aprovado do salário mínimo, isso iria refletir em um aumento de R$ 300 milhões no orçamento da união.
Custo médio da cesta básica aumentou em 11 de 17 capitais
O custo médio da cesta básica aumentou em 11 de 17 capitais que foram consultadas pelo Dieese, tendo uma diminuição de preços em seis capitais. As maiores altas foram registradas em Brasília (3,88%), Campo Grande e São Paulo (ambas 3,53%) e Belo Horizonte (3,49%). Entre as capitais com maiores quedas, Natal com (-2,90) e João Pessoa com (-2,91%).
A cesta básica mais cara do país agora é a de São Paulo (R$ 673,45), passando Porto Alegre (R$ 672,49), seguida de Florianópolis (R$ 662,85) e Rio de Janeiro (R$ 643,06). Considerando os aumentos desde o início do ano, a maior alta foi registrada em Curitiba, com 13,05% de aumento na cesta, que já custa quase o valor do salário mínimo.
Salário de 2022
Na primeira projeção realizada pelo Governo Federal, a inflação projetada ficaria em torno de 6,2%. Entretanto, o índice só tem aumentado, disparando os valores de vários produtos do mercado, incluindo os alimentícios e os combustíveis.
Atualmente a inflação já passou das casas do 8%, promovendo um piso nacional estimado para 2022 em R$ 1.192,40. Isso porque, o reajuste do salário mínimo deve ser baseado na inflação, segundo a Constituição Federal.
Desta forma, a correção é de direito do trabalhador, tendo o Governo que cumprir as regras da legislação. A intenção é garantir, ao menos, o poder de compra do trabalhador mantendo sua qualidade de vida.