Ritmo diferente da vacinação nos estados deve influenciar Auxílio Emergencial

O Brasil está seguindo neste momento o seu processo de vacinação contra a Covid-19. Uma coisa, no entanto, é fato. Esse ritmo da campanha está diferente de cidade para cidade. Em alguns lugares, o processo está mais rápido do que em outros.

De acordo com as informações oficiais, a cidade de São Luís, no Maranhão, começou nesta quarta-feira (16), a imunização dos jovens de 24 anos de idade. Ao mesmo passo, capitais como Palmas e Porto Velho seguem aplicando doses apenas para quem tem 60 anos ou mais.

E o que isso tudo tem a ver com o Auxílio Emergencial? É que de acordo com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, é esse ritmo da vacinação que vai definir o tamanho da prorrogação do programa. Em entrevista, ele disse que o projeto vai ganhar mais dois ou três meses.

Agora falta entender de qual ritmo da vacinação o Ministro está falando. Isso porque há vários ritmos diferentes pelo Brasil. Em entrevista recente, Paulo Guedes disse que os Governadores estão prometendo vacinar toda a população adulta até o próximo mês de setembro.

Isso é verdade, mas não são todos os Governadores que estão dizendo isso. De acordo com um levantamento rápido, dá para dizer que apenas o Governador de São Paulo, João Dória (PSDB) e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) fizeram promessas desse nível.

Outros Governadores de outros estados estão mais reticentes quanto a este assunto. No Nordeste, por exemplo, poucos ousaram fazer promessas assim. E isso pode acabar indicando que eles não irão vacinar toda a população adulta das suas regiões até o próximo mês de setembro.

Vacinação contra a Covid-19

O Ministro Paulo Guedes disse que o Auxílio vai ter três meses apenas se esses Governadores não cumprirem essa promessa de vacinar toda a população adulta até este prazo. E de acordo com os principais especialistas em saúde pública, é justamente isto o que tende a acontecer.

É que na maioria das vezes, o processo de vacinação não depende apenas dos governos. Vale lembrar que essa campanha não é compulsória. Isso pode portanto fazer com que diferentes pessoas simplesmente decidam não tomar a vacina por cultivarem algum tipo de medo sobre elas.

Tudo isso pode fazer com que o processo se atrase. De acordo com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, o mais provável mesmo é que o Brasil só esteja em um nível grande cobertura vacinal mais para o final deste ano. E isto sem considerar a possibilidade de imprevistos no caminho.

Auxílio Emergencial

Tudo isso leva a crer que as chances de uma prorrogação maior do Auxílio Emergencial é muito grande neste momento. Isso porque mesmo que estados como Maranhão, São Paulo e Rio Grande do Sul consigam acelerar muito o processo de vacinação, é pouco provável que outros locais também consigam esse feito.

No entanto, o Ministro Paulo Guedes disse no início desta semana que a decisão final sobre a prorrogação do benefício será do Presidente Jair Bolsonaro. O chefe do executivo deverá ter encontros com o Ministro da Cidadania, João Roma, para discutir esses detalhes.

Em entrevista nesta terça-feira (15), ele disse que o valor da prorrogação do Auxílio terá uma média de R$ 250. Então dá para dizer que os patamares não serão muito diferentes do atual. De acordo com o Ministério da Cidadania, o benefício este ano está pagando valores que variam entre R$ 150 e R$ 375.

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