O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), revelou o que, de acordo com ele, estaria impedindo a “retomada da economia”. Entre os problemas estariam especulações sobre furar o teto, “a suposta falta de pagamentos dos precatórios do ano que vem e críticas a direitos estabelecidos na reforma administrativa.
Há fala foi dita por ele, que explicou que a bolsa de valores lida com previsões e por isso seria necessário unificar o discurso. “Nós queremos a união, paz, tranquilidade. Devemos parar com essa especulação. Não aventamos a possibilidade de dar o teto para o auxílio emergencial, não devemos permitir que os juros futuros prejudiquem a credibilidade do País. Estamos discutindo o novo Código Eleitoral, com versões fantasiadas. Não haverá possibilidade, no que depender de nós, de nenhum tipo de ruptura, não haverá possibilidade de furar o teto”, disse ele em evento da Febraban.
Na ocasião, também estiveram presentes os presidentes do Banco Central, Roberto Campos Netto, e da Febraban, Isaac Sidne. A reunião tratou sobre as expectativas de agentes econômicos em relação a deterioração do cenário fiscal o que está relacionado a retomada da economia.
Lira sobre 7 de setembro: ” temos que nos esforçar para que ele seja pacífico”
Lira também comentou sobre as possíveis manifestações em 7 de setembro. “O Congresso apazigua as crises políticas e contribui com as reformas. Agora, Bolsonaro pauta o País com o voto impresso e com o 7 de setembro, e o humor das Bolsas está na hipóteses. Não haverá nada no 7 de setembro. Temos que nos esforçar para que ele seja pacífico. Estamos trabalhando para distensionar e exterminar com as versões”, afirmou.
Neste cenário, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), indicou a medida de mandados de busca e apreensão para todas as pessoas que incitarem uma intervenção militar no país ou então que fizessem a população a lutar pela derrubada dos ministros do STF.
Precatórios e reforma tributária
Lira negou que a reforma tributária tenha como objetivo apenas de financiar o Bolsa Família. Para ele, a ideia é diminuir o total dos impostos e cobrar de quem ganha mais. “O Brasil precisa acabar com essas distorções”, defendeu.
A reforma tributária também diminuiria os impostos para as empresas, com intuito de gerar mais empregos, mas não há nenhuma cláusula que obriga o aumento de vagas, por exemplo.
Ele também comentou sobre uma possibilidade diante dos altos valores dos precatórios. “A melhor saída é uma saída negociada, para que o presidente Fux numa mediação, junto com o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), consiga uma saída negociada, que evitará um questionamento jurídico para dar uma programação e uma saída jurídica sem dar calote nos credores da União”, finalizou.