Rendimento médio do trabalhador brasileiro volta a crescer

Rendimento médio do trabalhador brasileiro volta a crescer

Depois de um intervalo de dois anos de queda, o rendimento médio do trabalhador brasileiro voltou a crescer no último trimestre

O rendimento médio do trabalhador brasileiro voltou a crescer depois de um intervalo de dois anos de queda. É o que apontam os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (31). As informações apontam que houve uma alta de 2,9% no trimestre terminado em abril, em comparação com o trimestre anterior.

Segundo o IBGE, a média de recebimentos reais dos trabalhadores brasileiros ficou em R$ 2.693. Embora represente um aumento em relação aos três meses anteriores, o dado também representa uma queda de 2,9% na comparação com o trimestre que se encerrou em abril do ano passado. São duas visões diferentes e reais sobre o mesmo dado.

No geral, o rendimento médio do brasileiro ainda é o pior desde 2013, ainda tomando como base a série histórica do IBGE, que começou a ser realizada em 2012. Vale lembrar que o valor final inclui a correção pela inflação. No acumulado dos últimos 12 meses, até julho, o índice chegou a 10,1% e vem corroendo a renda.

O que este amontoado de números quer dizer em resumo? Significa na prática que os trabalhadores brasileiros estão recebendo agora, em média, um valor maior do que recebiam no trimestre anterior. De toda forma, a alta da inflação impede que este aumento seja sentido, já que a elevação também vem acompanhada do aumento no preço dos produtos.

Imagine, por exemplo, que você tem R$ 10 e precisa comprar um determinado item por R$ 4 no mercado. Agora, imagine que alguns meses depois você volta ao mesmo mercado com R$ 12 para comprar o mesmo item por R$ 8. Em tese, o seu rendimento aumentou, mas no final das contas, o seu poder de compra é menor.

Taxa de ocupação bate recorde

Nesta quarta-feira (31), o IBGE também trouxe outras boas notícias para os brasileiros. Uma delas é que a taxa de cidadãos ocupados bateu o recorde histórico. Estima-se que 98,7 milhões de cidadãos estejam ocupados.

O número representa uma queda de 12,9% no trimestre, ou 1,5 milhão de pessoas desocupadas a menos. Quando se considera o ano completo, a queda é de 31,4% ou 4,5 milhões de pessoas desocupadas a menos.

“É possível observar a manutenção da tendência de crescimento da ocupação e uma queda importante na taxa de desocupação”, disse Adriana Beringuy, a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE.

Além do rendimento

O IBGE também apontou que a taxa de desemprego do Brasil caiu para 9,1% no trimestre que chegou ao fim em julho. Trata-se do menor patamar registrado pelo Instituto desde o trimestre que se encerrou em dezembro de 2015.

Na chamada comparação trimestral, o desemprego caiu 1,4 ponto porcentual, e na comparação anual a queda foi de 4,6 pontos. Todos os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).

O número de empregados com carteira assinada no setor privado subiu para 35,8 milhões. Trata-se de um alta trimestral de 1,6% e anual de 10%. O número de trabalhadores domésticos subiu 14,1% em um ano.

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