Os trabalhadores brasileiros receberam uma grande notícia nesta quinta-feira (30). O rendimento médio real de todos os trabalhos chegou a R$ 2.999 no trimestre móvel de agosto a outubro deste ano. Isso quer dizer que, em média, os trabalhadores receberam 2,27 vezes mais que o salário mínimo vigente no país, de R$ 1.320.
Em suma, o valor do rendimento cresceu 1,7% na comparação com os três meses anteriores, o que corresponde a R$ 50. Já em relação ao trimestre móvel encerrado em outubro de 2022, o valor cresceu ainda mais (3,9%), visto que os trabalhadores do país receberem, em média, R$ 2.886 no período.
Em outras palavras, os trabalhadores passaram a ganhar R$ 113 a mais em 12 meses, resultado que reflete a melhora do rendimento no país, para alegria dos trabalhadores.
A saber, os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada na semana.
Rendimento cresce em três segmentos no trimestre
Em resumo, o IBGE revelou que, na comparação trimestral, o rendimento se manteve estável em cinco dos dez grupamentos pesquisados, que foram:
- Alojamento e alimentação;
- Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas;
- Construção;
- Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas;
- Outros serviços.
Por sua vez, três segmentos registraram aumento no rendimento dos trabalhadores no trimestre encerrado em outubro, em comparação ao trimestre móvel anterior. A renda cresceu nos seguintes grupos:
- Indústria (4,7%, ou mais R$ 132);
- Transporte, armazenagem e correio (4,1%, ou mais R$ 110);
- Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (1,9%, ou mais R$ 78).
Por outro lado, o rendimento dos trabalhadores encolheu nos grupamentos de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-3,3%, ou menos R$ 63) e serviços domésticos (-2,1%, ou menos R$ 24).
Dados anuais ficam mais positivos
Os dados foram mais positivos em relação ao trimestre encerrado em outubro de 2022, com cinco grupamentos registrando crescimento da renda dos trabalhadores. Confira quais grupos se destacaram na base anual:
- Indústria (6,6%, ou mais R$ 182);
- Alojamento e alimentação (9,9%, ou mais R$ 1,79);
- Administração pública, defesa, seguridade social e afins (4,1%, ou mais R$ 165).
- Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (4,5%, ou mais R$ 107);
- Serviços domésticos (4,8%, ou mais R$ 92).
Os demais segmentos não apresentaram variações significativas em relação ao trimestre móvel de agosto a outubro do ano passado, exceto o grupamento de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, cujo rendimento caiu 4,8%, o que representou uma redução de R$ 92 no rendimento dos trabalhadores.
Veja o rendimento entre as posições
A PNAD Contínua também mostrou que, entre as posições na ocupação, o rendimento cresceu apenas na categoria empregado com carteira assinada (2,1%, ou mais R$ 58). Esse avanço aconteceu em relação ao trimestre móvel anterior. Por outro lado, a renda caiu para o trabalhador doméstico na base trimestral (-2,1%, ou menos R$ 24).
- Empregado no setor público, incluindo servidor estatutário e militar (2,1%, ou mais R$ 93);
- Trabalhador por conta própria (2,3%, ou mais R$ 54);
- Empregado com carteira de trabalho assinada (1,9%, ou mais R$ 51);
Já em relação ao trimestre encerrado em outubro de 2022, a renda cresceu em quase todas as posições, elevando o poder de compra dos trabalhadores. Confira abaixo as posições cujo rendimento cresceu em relação a 2022:
- Empregador (12,9%, ou mais R$ 891);
- Trabalhador por conta própria (5,5%, ou mais R$ 127);
- Empregado sem carteira de trabalho assinada (5,8%, ou mais R$ 110);
- Empregado com carteira de trabalho assinada (2,5%, ou mais R$ 67);
- Trabalhador doméstico (2,5%, ou mais R$ 27).
A única exceção foi a categoria empregado no setor público, incluindo servidor estatutário e militar, cujo rendimento não apresentou variação significativa em relação ao ano passado.
Massa de rendimento cresce no trimestre
Além do crescimento observado no rendimento dos trabalhadores, a massa de rendimento também conseguiu avançar no trimestre. Em suma, esse resultado é bastante positivo para os trabalhadores do país, e isso aconteceu graças à melhora do mercado de trabalho brasileiro.
De acordo com o IBGE, a massa de rendimento real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, ficou estimada em R$ 295,7 bilhões. Em resumo, esse valor foi o recorde da série histórica, visto que o IBGE nunca havia registrado um montante tão elevado assim quanto o do trimestre encerrado em outubro deste ano.
Na comparação com o trimestre móvel anterior, a massa de rendimento cresceu 2,6% (R$ 288,2 bilhões), acréscimo de R$ 7,5 bilhões. Da mesma forma, a massa cresceu em relação ao trimestre encerrado em outubro de 2022 (R$ 282,4 bilhões), mas o aumento foi ainda maior, de 4,7% (ou R$ 13,3 bilhões).