O programa Renda Cidadã, que pretende substituir o auxílio emergencial em 2021, será discutido somente após o segundo turno das eleições municipais. A confirmação veio na última terça-feira (17) por meio do líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), ao blog da jornalista Andréia Sadi da Globo News.
Inicialmente, o Governo Federal propõe que o novo programa social substitua o Bolsa Família e o Auxílio Emergencial. O texto que cria o programa já foi apresentado. No entanto, devido ao modelo de financiamento, o programa não avançou.
“O assunto do Renda Cidadã, se a gente vai ou não fazer, como e o que será feito, tudo vai ser decidido após o segundo turno. Se a gente fala agora o posicionamento vai tudo ser usado como eleitoral. É prudente deixar para depois, assim como as reformas“, confirmou Barros.
Segundo informações do Blog da colunista Sadi, integrantes do governo Bolsonaro procuram uma solução com fim do auxílio emergencial, uma vez que ele promoveu um aumento na popularidade do presidente. No entanto, a equipe econômica argumenta que não é possível manter o pagamento do auxílio sem furar o teto de gastos.
Guedes chegou a dizer que prefere Bolsa Família do que fazer movimento para novo programa
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Governo manterá o compromisso de limitar os gastos públicos abaixo do teto. Segundo o chefe da pasta, a medida será adotada mesmo que seja preciso abandonar o novo programa social, o Renda Cidadã.
Segundo Guedes, é melhor deixar Bolsa Família como está do que criar ampliar e criar um novo programa que não tenha sustentabilidade fiscal.
“Se não conseguirmos encontrar espaço para fazer um programa melhor, vamos voltar ao Bolsa Família. É melhor voltar ao Bolsa Família do que tentar fazer um movimento louco e insustentável”, afirmou.
Guedes revelou que o governo não vai ser populista e também garantiu que o substituto do Bolsa Família será fiscalmente sustentável, dentro da regra do teto de gastos.
“Não tem truque”, afirmou Guedes. Ele salientou que maiores transferências de renda poderiam ser viabilizadas com cortes em subsídios e deduções de classes de renda mais alta. “Não tem nenhuma discussão sobre o teto (dos gastos)”, disse Guedes.
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