Relatório Focus: Previsão do mercado financeiro para inflação e PIB permanecem estáveis (Confira!)

Economistas estão mais otimistas com a situação do país

O Banco Central do Brasil (BC), apresentou seu Relatório Focus desta semana. A princípio, o mercado financeiro, entrevistado no levantamento, apontou uma certa estabilidade para as suas estimativas relacionadas à inflação do país e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional para este ano de 2023.

Todavia, na edição do Relatório Focus desta segunda-feira (06/11), as projeções dos economistas para o desenvolvimento da economia, do PIB, continuaram em 2,89%. É o mesmo índice da semana passada. Em relação ao ano de 2024, o mercado financeiro do país estima que haja um aumento de 1,5% do PIB.

Analogamente, deve-se observar que o PIB é a soma de todos os bens e produtos produzidos em território nacional. Para os anos de 2025 e 2026, os economistas entrevistados no Relatório Focus do Banco Central desta semana projetam uma pequena alta de 1,9% e 2% do produto interno bruto do país, respectivamente.

Vale ressaltar que a economia brasileira acabou por apresentar um crescimento maior do que o mercado financeiro do país esperava. No segundo trimestre de 2023, houve um crescimento de cerca de 0,9% na comparação com os três primeiros meses deste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mercado financeiro

De acordo com o IBGE, em relação ao segundo trimestre de 2022, houve um crescimento da economia nacional de 3,4%, no total. Em um período de 12 meses, o PIB brasileiro acumula um crescimento de cerca de 3,2%. Dessa maneira, já no primeiro semestre de 2023, a alta acumulada bateu na casa dos 3,7%.

Relatório Focus e a inflação

A estimativa do mercado financeiro entrevistado no Relatório Focus do Banco Central é a de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é considerada a inflação oficial do Brasil, continue em cerca de 4,63%. Para o ano de 2024, as estimativas subiram de 3,9% para 3,91%. Para 2025 e 2026, ficaram em 3,5%.

É preciso observar que as projeções sobre a inflação dos economistas entrevistados no levantamento do Banco Central ainda estão acima da meta oficial do Governo Federal. Ela foi definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), para cerca de 3,25% neste ano de 2023, sendo cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75% no total.

O Banco Central diz que em seu último Relatório da Inflação a chance do índice oficial ficar na meta estabelecida pelo CMN neste ano de 2023, é de cerca de 67%. O mercado financeiro também projeta um índice de preços superior à meta para 2024, de 3%. É conveniente observar que ela está dentro do intervalo de tolerância.

A inflação para o mês de setembro teve uma alta maior devido ao aumento de preços da gasolina, que pressionou o IPCA neste período. De acordo com o IBGE, o índice ficou em 0,26% no mês. Dessa maneira, é importante mencionar que o resultado foi maior do que o apresentado no mês de agosto, que bateu a casa dos 0,23%.

Relatório Focus do Banco Central
Relatório Focus do Banco Central/Fonte: pixabay

Índice de preços

Ademais, a inflação acumulada durante todo o ano, até o momento, de acordo com o levantamento do IBGE, está em cerca de 3,50%. Já em relação aos últimos 12 meses, há uma alta de 5,19% no total. Neste sentido, segundo a pesquisa, é necessário observar que ela está acima dos 4,61% dos últimos 12 meses anteriores.

Relatório Focus e a Selic

Em síntese, o Banco Central, através do seu Comitê de Política Monetária (Copom), utiliza a sua taxa básica de juros da economia nacional, Selic, para tentar conter a pressão inflacionária no país. No entanto, o remédio pode ser amargo visto que ele acaba criando uma retração no desenvolvimento econômico nacional, por reduzir o consumo da população brasileira.

A taxa Selic neste momento está em 12,25% ao ano. Devido a uma inflação moderada, o Copom já decidiu cortar os juros por três vezes este ano. Aliás, o mercado financeiro entrevistado para o Relatório Focus do Banco Central, estima que o Banco Central continue com sua política monetária restritiva nas suas próximas reuniões.

Em conclusão, mesmo com a inflação apresentando um recuo no primeiro semestre deste ano de 2023, há sinais de que ela volte a subir no segundo semestre. Aliás, os economistas já esperavam essa alta dapressão inflacionária. O Copom poderá mudar suas decisões sobre os juros e seu corte. Isso irá ocorrer no caso de encontrar condições difíceis relativas ao índice de preços negociado em todo o território nacional.

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