Regra de Proteção do Bolsa Família reduz benefício pela METADE

Regra de Proteção do BOLSA FAMÍLIA reduz benefício pela METADE; Entenda

A Caixa Econômica Federal inicia em alguns dias o pagamento do Bolsa Família no país. Milhares de beneficiários que receberam a parcela de dezembro aguardam ansiosamente pelos repasses de janeiro, que terão início no dia 18. Contudo, nem todos receberão o valor completo desta parcela.

Em resumo, o Bolsa Família é o maior programa de transferência de renda do país e vem ajudando famílias brasileiras que estão em situação de vulnerabilidade. A parcela mínima no país é de R$ 600 por beneficiário, mas o valor pode cair para metade para um grupo específico de inscritos.

Essa notícia preocupa muitas pessoas que dependem exclusivamente do benefício para terem alguma renda no mês. Entretanto, a redução do valor não atinge todos os usuários. De todo modo, é sempre importante falar sobre a Regra de Proteção do Bolsa Família, que envolve a redução do valor.

O que é Regra de Proteção do Bolsa Família?

O governo Lula retomou o Bolsa Família no Brasil em março de 2023, promovendo várias mudanças no benefício. Em suma, o novo governo extinguiu o Auxílio Brasil, criado em 2021, durante o governo do ex-presidente de Jair Bolsonaro, para ficar no lugar do Bolsa Família.

Com isso, o reformulado programa social substituiu a Regra de Emancipação do Auxílio Brasil pela Regra de Proteção do Bolsa Família.

Anteriormente, os usuários poderiam ingressar no Bolsa Família se tivessem uma renda de até R$ 210 por pessoa da família. Com a nova regra, o valor subiu para R$ 218 mensais.

No entanto, as famílias seguradas do Bolsa Família que registram aumento da renda, superando essa marca de R$ 218, não perdem o benefício de imediato, contanto que a nova renda mensal por pessoa não ultrapasse meio salário mínimo.

As famílias que se enquadram nesta realidade, com a renda por pessoa superando os R$ 218, mas ficando abaixo de R$ 706, recebem metade do benefício por mais dois anos para conseguir controlar as finanças, possuindo mais possibilidades de organizar as dívidas e contas até que o benefício deixe de ser pago.

Nesse período de dois anos, o governo pagará 50% do valor da parcela que as famílias tinham direito ao valor integral. Aliás, o governo também continuará pagando os adicionais para crianças, adolescentes, gestantes e nutrizes.

Famílias na Regra de Proteção recebem metade do benefício por dois anos
Famílias na Regra de Proteção recebem metade do benefício por dois anos. Imagem: Divulgação.

Por que o governo reduz o valor da parcela?

A saber, o Bolsa Família possui três principais objetivos:

  • Combater a fome, por meio da transferência direta de renda às famílias beneficiárias;
  • Contribuir para a interrupção do ciclo de reprodução da pobreza entre as gerações;
  • Promover o desenvolvimento e a proteção social das famílias, especialmente das crianças, dos adolescentes e dos jovens em situação de pobreza.

Em suma, as famílias que registram aumento na renda e conseguem sair do grupo das pessoas mais vulneráveis do país, perdem o direito de receber o benefício. Inclusive, há alguns requisitos que devem ser atendidos para que as pessoas tenham direito ao Bolsa Família. Caso isso não aconteça, não há como receber a parcela do benefício.

Em outras palavras, o Governo Federal poderia retirar imediatamente as famílias que deixam de cumprir todos os requisitos do programa de transferência de renda. Entretanto, a Regra de Proteção do Bolsa Família garante o recebimento de 50% do valor por mais dois anos, em caso de aumento de renda que supere os R$ 218 por pessoa.

Regra de Proteção engloba quase 2,5 milhões

Em dezembro, 2,47 milhões de beneficiários estavam na Regra de Proteção, recebendo 50% do valor. Aliás, vale destacar que o governo garante o retorno da família ao programa social caso tenha perdido a renda ou tenha pedido para sair do programa.

A Regra de Proteção também garante o pagamento dos benefícios adicionais para crianças, adolescentes e gestantes. Por isso que o valor médio pago às famílias que estavam nesta regra chegou a R$ 372,39 em dezembro, acima dos 50% da parcela mínima de R$ 600.

A propósito, veja abaixo quais são os benefícios adicionais do Bolsa Família:

  • Benefício Primeira Infância: desde março de 2023, o governo vem realizando o pagamento de R$ 150 por criança de até seis anos de idade.
  • Benefício Variável Familiar: assegura o pagamento de um valor adicional de R$ 50 a crianças e jovens de sete a 18 anos, bem como a gestantes e lactantes integrantes da composição familiar.
  • Benefício Variável Familiar Nutriz: em setembro, o governo começou a pagar um adicional de R$ 50 para os indivíduos das famílias que possuem até sete meses incompletos, ajudando no crescimento nutricional do bebê.
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