Reforma da Previdência dos Militares: o que diz o Governo sobre a Diferença na Regra para Militar se Aposentar - Notícias Concursos

Reforma da Previdência dos Militares: o que diz o Governo sobre a Diferença na Regra para Militar se Aposentar

A Reforma da Previdência dos Militares também cria o Adicional de Compensação de Disponibilidade Militar, relativo à disponibilidade permanente e à dedicação exclusiva, características da carreira.

Esse adicional no soldo será maior quanto maior for a patente do militar, tanto para oficiais quanto para praças.

Destarte, varia de 5% para militares em início de carreira a 32% no final e, para os oficiais-generais, o percentual vai de 35% a 41%.

Além disso, a Reforma prevê reajustes anuais, até 2023, nos percentuais do Adicional de Habilitação, que serão incorporados aos soldos.

Outrossim, o texto também trata de gratificações de representação, auxílio-transporte e ajudas de custo.

No tocante à alíquota da contribuição de ativos e inativos, para pensões militares, passará dos atuais 7,5% para 10,5%, e os pensionistas passarão a recolher pelo menos 10,5% a partir de 2021.

Por sua vez, a alíquota chegará a 13,5% para alguns casos de filhas pensionistas vitalícias não inválidas. Atualmente, os pensionistas não recolhem contribuição previdenciária.

Ademais, a Reforma não altera a condição de que os militares já pagam contribuição de 3,5% a título de assistência médica, hospitalar e social.

Dessa forma, a soma das duas contribuições para ativos, inativos e pensionistas chegará a 14%.

Confira o que alega o governo acerca da diferença na Reforma da Previdência dos Militares.

Especificidades da Carreira Militar

O governo justifica a Reforma da Previdência dos Militares alegando que a carreira militar tem uma série de especificidades e, por esta razão, requer um tratamento diferenciado.

Dentre as peculiaridades listadas na apresentação do governo, destaca-se as seguintes:

  • risco de morte
  • proibição de greve
  • sem adicional noturno
  • sem hora extra
  • disponibilidade permanente

“Tratar Desiguais de Forma Desigual”

Além disso, o governo alega que as Forças Armadas, a exemplo de outras categorias, são especiais.

Neste sentido, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, alega que existem aposentadorias especiais previstas na Proposta de Emenda à Constituição, como professores, policiais civis, federais e aposentadorias rurais, disse

Para tanto, o governo sustenta que é dever de Justiça tratar os desiguais de forma desigual.

Com efeito, alegam que o soldo (remuneração) de soldados e cabos foi aumentado porque, com o aumento da alíquota de contribuição de 7,5% para 10,5%, o salário final seria inferior ao salário mínimo.

Outrossim, segundo o governo, mais da metade (58%) dos militares ganha até 3,5 salários mínimos.

Redução de Privilégios de Servidores Civis

Não obstante, alega o governo que estão fazendo uma correção não só do lado da Previdência, mas também do lado de reduzir privilégios.

Neste sentido, afirmam que estavam a favor de servidores civis e contra os servidores militares.

Nas palavras de Paulo Guedes:

“Jovens que ingressavam no serviço público civil, através de um concurso público, já ingressavam, em alguns outros Poderes, com salários acima de R$ 20 mil, enquanto generais, em fim de carreira, estavam recebendo abaixo de R$ 20 mil. Então, o que nós fizemos foi uma reestruturação, feita pelos militares, sem aumento de soldo”.

No mesmo sentido, para o general de divisão Eduardo Castanheira Garrido Alves, assessor especial do ministro da Defesa, o reforço nos adicionais é necessário para manter os militares capacitados para defender um país de porte continental como o Brasil.

Para tanto, alega que para garantir a defesa do país é necessário de Forças Armadas aptas, capazes e motivadas para defender um país de 8,5 milhões de quilômetros quadrados e quase 17 mil quilômetros de fronteiras.

Além disso, o General Eduardo Castanheira Garrido Alves Alves afirmou que o Brasil ocupa apenas o sétimo lugar entre os países da América do Sul no gasto com defesa em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).

Concluiu o General Eduardo Castanheira Garrido Alves:

“Apresentamos esses valores só para mostrar quanto as Forças Armadas deixam de receber.”

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Obrigado por se cadastrar nas Push Notifications!

Quais os assuntos do seu interesse?